7 Mentiras sobre Nutrição que estão a tornar as pessoas mais gordas e doentes

Aproveitando o impulso dado pelo Dr. Jonny Bowden e a revisão que tenho vindo a efectuar na área da nutrição, acho importante dar a conhecer os principais mitos que temos sido levados a acreditar em relação à forma como comemos e que nunca questionamos. Este artigo tem basicamente dois objetivos: o primeiro é explicar de uma forma geral e compreensiva as razões pelas quais estamos mais gordos e doentes, e o segundo é fazer as pessoas pensar e questionar as escolhas que fazem todos os dias quando comem. Não sou especialista em nutrição e por esse motivo tudo o que aqui partilho está referenciado por pessoas que se dedicam ao estudo dessa temática. Também não sou nenhuma testemunha de jeová tentando mostrar o caminho do Bem. Sou apenas alguém com um particular interesse nesta área que acredita profundamente naquela célebre frase “somos o que comemos” e que acha que a boa informação merece ser partilhada e divulgada. Divirta-se.

1.  Temos que contar calorias para perder peso.

“As calorias são todas parecidas, venham elas da carne de vaca, do whisky, do açúcar, do amido, do queijo ou das bolachas de água e sal. Demasiadas calorias são sempre demasiadas calorias.”

Fred Stare, fundador e antigo presidente do Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard.

Ainda paira no ar a teoria que as calorias são todas iguais e que para perdermos peso o melhor é comermos menos. Mas as coisas não são assim tão simples e a forma como o nosso corpo responde àquilo que comemos, varia em função do tipo de macronutriente que comemos, sejam proteínas, hidratos de carbono ou gorduras.

A Teoria do Equilíbrio de Energia diz-nos que se consumimos mais do que aquilo que queimamos, ganhamos peso e que se queimamos mais do que aquilo que consumimos, perdemos peso. Mas, será mesmo assim? Esta ideia não é completamente errada mas é certamente muito incompleta porque não considera as verdadeiras razões pelas quais engordamos.

No século XIX, havia um homem de sucesso muito gordo chamado William Banting, que tinha dificuldade em amarrar os atacadores e tinha que descer as escadas de costas. Em Agosto de 1862, Banting vai ver um médico chamado William Harvey, que, ao examinar a sua dieta verificou que este consumia grandes quantidades de pão, açúcar, batatas, bolos, cerveja, alguma carne e verdura. Ao se deparar com esta situação, o médico recomenda que Banting comece uma dieta mais rica em carne, mais calórica e mais controlada em hidratos de carbono. Apesar do consumo de calorias ser mais elevado que na sua dieta anterior, Banting perdeu mais de 20 quilos em seis meses e conseguiu manter esse peso até falecer com 81 anos.

Em 2002, um pediatra com excesso de peso chamado Stephen Sondike, decide fazer alguma coisa em relação ao seu peso e começa uma dieta rica em proteína e gordura e baixa em hidratos de carbono, parecida à dieta de Banting. Os seus colegas disseram-lhe que estava louco e que ele podia morrer. O resultado: Sondike não só perdeu gordura como melhorou todos os indicadores nas análises que realizou. Entusiasmado com os resultados, Sondike decide fazer um estudo científico para validar os resultados que tinha observado na sua própria experiência. No grupo I, os sujeitos iniciaram uma dieta tradicional baixa em gordura e no grupo II, os sujeitos iniciaram uma dieta baixa em hidratos de carbono, tal como tinha testado em si mesmo. Após 12 semanas, os resultados foram os seguintes: o grupo com uma dieta baixa em gordura perdeu uma média de 3,6 kilos, enquanto que o grupo com uma dieta baixa em hidratos de carbono perdeu uma média de 8,6 kilos. Mais, o grupo I consumiu cerca de 1100 calorias diárias e o grupo II consumiu cerca de 1800 calorias diárias!

Não sei em que ano foi feita a afirmação que vimos no início mas por esta altura parece-me ser consensual afirmar que as calorias não são todas iguais. A comida tem um efeito hormonal no nosso corpo que vai fazer com que armazenemos gordura ou não. Regra geral, se a nossa dieta é composta por demasiados hidratos de carbono, principalmente refinados ou sem fibra (farinha branca, arroz branco, massa branca, cereais, batatas, açúcar, etc.), será muito difícil não engordar e não ficar doente!

Já que estamos a falar disto, deixo-vos mais um motivo para evitar tudo o que é branco: o dióxido de cloro, um dos químicos usados para branquear a farinha (mesmo que depois venha outra vez a ser tornada integral), vai combinar-se com a proteína residual na maioria destes alimentos, formando aloxana, um tóxico que os investigadores usam em ratos de laboratório para induzir diabetes. Exactamente – a aloxana é USADA para destruir as células beta do pâncreas e produzir diabetes. Portanto, faça um favor a si mesmo e não coma coisas brancas.

E lembre-se: diferentes fontes de calorias = resultados diferentes.

2.  Exercício é a melhor maneira de perder peso.

“Apesar de meio século de esforços para provar o contrário, os cientistas ainda não podem dizer que o exercício vai ajudar a perder peso.”

Gary Taubes, cientista e autor de Good Calories, Bad Calories e Why We Get Fat.

A razão pela qual utilizo a frase de Taubes é porque quero chamar a atenção para o facto que a melhor maneira de perder peso é através de uma alimentação equilibrada. Nao há margem para dúvidas e é impossível superar uma má dieta para o que quer que seja.

No entanto, como profissional do exercício físico, não posso estar totalmente de acordo com a sua afirmação no sentido em que ele diz que o exercício não vai ajudar a perder peso. Isto não é verdade. O exercício pode potenciar a perda de peso de várias formas e isso vai depender do tipo de exercício que fazemos. Se estamos a falar do típico cardio de 30-45 minutos na passadeira ou na bicicleta é uma coisa, se estamos a falar de treino de força, treino de alta intensidade ou treino de resistência metabólico, isto é outro fenómeno completamente diferente. Eu penso que Taubes está a pensar apenas no primeiro e não é consciente dos beneficios dos outros tipos de treino. O exercício pode ajudar de certeza a perder peso (entenda-se massa gorda) mas…a nutrição obviamente está em primeiro lugar.

O trabalho e pesquisa que Taubes tem vindo a desenvolver na área da nutrição é pura e simplesmente notável e merece ser seguido com atenção. Através de factos e argumentos bem sustentados, Taubes põe em causa as organizações mundiais responsáveis pela saúde e nutrição, dizendo que não se tem passado a mensagem correcta, no que concerne à forma mais adequada como devemos comer. Está cimentada a ideia que uma dieta baixa em gorduras é a mais eficaz para perder peso, no entanto, a verdade parece ser outra – o mais eficaz é uma dieta baixa em hidratos de carbono! A pirâmide dos alimentos tal como a conhecemos potencia a obesidade (vamos falar disso no número 5).

Voltando ao exemplo do cardio. Se fazemos uma actividade aeróbica de 30 minutos, intensidade baixa-moderada, gastamos pouco mais de 200 calorias. Se fizermos o típico passeio a pé durante uma hora podemos gastar cerca de 300 calorias. Isto são muito poucas calorías, se pensarmos que uma simples sandes mista, que se come em 3 minutos, pode ter cerca de 350 calorias, um simples copo de leite com chocolate pode ter 150 calorias e o famoso big mac tem 560 calorias.

Os efeitos que este tipo de treino (cardio) tem no nosso metabolismo são pouco significativos quando comparamos com os efeitos do treino de força ou de alta intensidade, nos quais verificamos um aumento de produção das principais hormonas anabólicas como a hormona do crescimento (somatotropina) e a testosterona, fundamentais na perda de massa gorda e aumento de massa muscular. Além disso, o treino de alta intensidade vai também reduzir o stress oxidativo, a inflamação e vai aumentar o EPOC (consumo excessivo de oxigénio pós-exercicio ou simplesmente débito de oxigénio), podendo acelerar o nosso metabolismo durante as 24 horas seguintes e asssim continuar a queima de gordura enquanto estamos a dormir ou a ver televisão.

No caso de um esforço de baixa intensidade, como vimos no exemplo do cardio de 30-45 minutos, os beneficios são muito mais reduzidos. Além da relação custo/benefício das calorias queimadas, este tipo de exercício vai limitar o aumento de massa muscular e densidade óssea, vai aumentar a inflamação e só vai melhorar o sistema aeróbico. Ambos (aeróbico e anaeróbico) são necessários para um coração saudável.

3.  A gordura torna-nos mais gordos.  

“Os nossos cérebros são compostos principalmente por gordura, a maior parte dos nossos nervos são gordura. As hormonas reprodutoras, sim, gordura (…) Isto pode parecer paradoxal mas existem de facto gorduras essenciais, que se não as ingerimos através da dieta, vamos ficar doentes ou vamos morrer.”

Rob Wollf, bioquímico e autor de The Paleo Solution, The Original Human Diet.

À primeira vista parece fazer sentido que comendo gordura vamos ficar gordos e doentes mas o problema é que isto também não é verdade! Os nutricionistas dizem-nos que a gordura tem demasiadas calorias. E isso é verdade, de facto a gordura tem 9 calorias por grama enquanto os hidratos de carbono e as proteínas têm apenas 4. Portanto a gordura engorda mais, certo? Vamos aos factos.

Em 1957, um estudo levado a cabo por Kekwick e Pawan, comparou três grupos colocados com dietas caloricamente idênticas de 90% de gordura, 90% de proteína e 90% de hidratos de carbono. Apesar de ter sido difícil assegurar a total conformidade do que cada um dos indivíduos comia, os resultados foram estes:

1000 calorias a 90% de gordura – perda de 408 gramas por dia.

1000 calorias a 90% de proteína – perda de 272 gramas por dia.

1000 calorias a 90% de hidratos de carbono – aumentaram de peso ligeiramente.

Walter Willet, Director do Departamento de Nutrição da Harvard School of Public Health conduziu dois dos estudos epidemiológicos mais importantes na área da saúde e nutrição, o Nurses’ Health Study e o Health Professionals Follow-Up Study. Estes dois estudos examinaram os hábitos alimentares de mais de 150.000 pessoas durante mais de três décadas. No ano 2000, depois de 20 anos a estudar de forma detalhada o efeito dos alimentos na nossa saúde, ele diz que não encontrou nenhuma relação negativa entre a percentagem de calorias da gordura ingerida e o estado de saúde dos indivíduos. Ou seja, Willet não verificou um risco acrescido para as típicas doenças normalmente associadas ao consumo excessivo de gordura (doença cardíaca, diabetes, cancro, obesidade).

As gorduras Ómega 3 e Ómega 6 são essenciais na nossa dieta e são tremendamente importantes a reduzir a inflamação e a prevenir doenças como o cancro, Parkinson, Alzheimer e infertilidade. Com excepção dos glóbulos vermelhos e de algumas partes do nosso cérebro, o nosso corpo pode funcionar perfeitamente com gorduras armazenadas. Existem inclusivamente estudos que suportam que os nossos principais órgãos (coração, rins e intestinos) funcionam melhor com gordura.

E é isto que precisamos de entender: a gordura, ao contrário dos hidratos de carbono, não tem impacto nas enzimas e hormonas responsáveis pela acumulação de gordura no nosso corpo e fornece os ácidos gordos essenciais que não conseguimos obter das proteínas e dos hidratos de carbono. A gordura até pode ser a nossa melhor amiga.

A ingestão de gordura não afecta a insulina. A insulina é a principal hormona responsável pelo armazenamento de gordura no nosso corpo. Quando o nosso corpo produz demasiada insulina, em resposta à ingestão excessiva de hidratos de carbono, aumentamos drasticamente as hipóteses de acumular gordura e desencadear um conjunto de desequilíbrios e doenças, nada interessantes para viver com mais saúde.

Existem vários tipos de gordura e provavelmente já ouviram falar nas gorduras monoinsaturadas, polinsaturadas, saturadas e gorduras trans. As gorduras trans ou hidrogenadas são um veneno que apareceu na nossa dieta há cerca de 50 anos e devem ser evitadas ao máximo. É como se fosse plástico, um “não-alimento” que o nosso corpo não consegue processar. Podem ser encontradas na margarina, donuts, bolachas e batatas fritas. As gorduras monoinsaturadas são altamente benéficas e podem ser encontradas sobretudo no azeite, pêra abacate e nos frutos secos. As gorduras polinsaturadas são as tais essenciais que vimos antes da familia Ómega 3 e Ómega 6. As ómega 3 podem ser encontradas no peixe selvagem, ovos, linhaça e carne alimentada em pasto e as ómega 6 (as que consumimos de forma desmesurada) são todas aquelas presentes nos óleos vegetais (milho, cártamo, girassol, soja).

Na nossa dieta actual, estamos a ingerir demasiadas gorduras Ómega 6, isto é, o rácio de Ómega 3 para Ómega 6 é de 1:10/20 (daí a inflamação e as subsequentes complicações cardíacas) e o ideal seria que esta relação fosse 1:1 ou 1:2. Portanto, precisamos de limitar o consumo de Ómega 6 e aumentar o consumo das Ómega 3 comendo, por exemplo, mais peixe selvagem e carne alimentada em pasto.

Faltam as gorduras saturadas. E agora é que vem a grande revelação. Preparados? As gorduras saturadas também são boas na sua maioria! Os ácidos láurico (encontrado no côco, óleo de palma, leite materno) e esteárico (encontrado na carne, ovos e chocolate preto) são praticamente neutros no que diz respeito à saúde cardiovascular e têm propiedades anti-virais, têm propiedades que ajudam a curar irritações intestinais e até podem reduzir a inflamação.

Entre as gorduras saturadas, aquela que está mais associada ao aumento do colesterol LDL (que não é necessariamente mau, como vamos ver no número 7) parece ser o ácido palmítico, que pode ser encontrado no óleo de palma e nos produtos animais como a carne, ovos, leite, frango e frutos do mar. No entanto, até este tipo de gordura saturada parece ter alguns benefícios no que diz respeito à função cognitiva, se o seu consumo for moderado, isto é, se mantivermos uma dieta baixa em hidratos de carbono. E isto porquê? Porque quando consumimos hidratos de carbono em excesso, estes convertem-se em ácido palmítico, causando o aumento do colesterol LDL mau (sim, porque existe um tipo de colesterol LDL inofensivo – explico tudo no número 7)! E caso esteja a pensar cortar nos ovos e no frango por causa disto, não o faça. Os ovos ecológicos são um dos alimentos mais completos que podemos comer e o frango (sem hormonas) é uma das carnes mais magras e proteicas que existe.

Importante a reter: se mantivermos uma dieta baixa (quando digo baixa, quero dizer 100-120 gramas por dia) em hidratos de carbono, as gorduras saturadas não vão ter qualquer efeito no desenvolvimento de doença cardiovascular. Os problemas surgem quando se combinam dietas elevadas em hidratos de carbono (o pão nosso de cada dia) com dietas elevadas em gorduras saturadas.

Eu sei, isto parece díficil de acreditar mas é o que nos diz a verdadeira ciência. Oscar Wilde tinha razão: tudo o que é popular está errado.

4.  A chave para perder peso é ter força de vontade. 

“O açúcar não tem qualquer valor nutricional e é directamente nocivo para a saúde (…) o açúcar é veneno para o metabolismo.”

Dr. Robert C. Atkins, cardiologista e autor de A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins

Existem muitas pessoas com força de vontade para perder peso mas que nunca conseguem atingir os seus objetivos. Porque será? As pessoas não estão mais gordas, doentes e cansadas por acaso. As pessoas estão assim porque inventou-se a comida de plástico e os alimentos processados que não têm qualquer valor nutricional.

Há 200 anos as pessoas ingeriam cerca de 4,5 kg de açúcar por ano em média e a farinha branca era utilizada muito raramente. No final do século IXX a loucura dos refrigerantes começou a surgir e a partir daí, quando se juntou a farinha com os doces e com os salgados, assitiu-se ao nascimento de um novo mundo gordo. As estatísticas da USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) demonstram que em 1975 o americano médio consumia 56 kg de açúcar por ano (sobretudo açúcar refinado), atingindo-se o valor mais alto em 1999 com 67 kg per capita e 64 kg mais recentemente em 2009.

Porquê que todas as pessoas que fazem dieta passam fome? Será que tem que ser assim? As dietas baixas em gordura e calorias não têm dado resultado. Seguimos as recomendações das principais organizações mundiais de saúde e os indicadores não melhoraram. A obesidade, as doenças cardiovasculares, gota, a diabetes tipo II continuam a aumentar, os diferentes tipos de cancro aparecem cada vez mais cedo, as pessoas estão mais sedentárias e com menos energia. O problema não é a gordura. As gorduras são essenciais na nossa dieta. O problema é o excesso de açúcar nos alimentos. No pão, nas bolachas, nos bolos, no leite de soja, no iogurte, no bacon, nas batatas fritas, no ketchup, no fiambre, no salame, nos cereais, nos refrigerantes, nos sumos, no molho de soja, nos produtos embalados, nos enlatados. Este é que é o verdadeiro problema.

O açúcar é a nova droga do século XXI. O açúcar causa dependência, tal como a cocaína, a heroína, a nicotina e o álcool. Já se desconfiava disto há algum tempo mas parece que faltava a evidência científica. Em 2008, Nicole Avena, do Center for Addiction Research & Education da Universidade da Florida, publicou dados que confirmam que o açúcar afecta os receptores de ópio e dopamina do nosso cérebro, causando, portanto, adição. É verdade, às vezes não basta ter força de vontade.

Estamos a intoxicar-nos e não temos consciência disso. A comida de plástico foi inventada para causar dependência e não tem qualquer valor nutricional. O açúcar presente nos refrigerantes é um autêntico veneno. Uma coca-cola e qualquer outro refrigerante de 33 cl tem cerca de 12-15 colheres pequenas de açúcar e o efeito que isso tem no nosso corpo é simplesmente devastador. Precisamos de 32 copos de água para anular o prejuízo de apenas um refrigerante! Este excesso de açúcar na dieta é também o motivo porque vemos crescer a obesidade nas crianças.

Veja o exemplo coca-cola: A coca-cola tem um estimulante e um diurético (faz-nos perder água) que se chama cafeína. Tem também outro componente chamado sódio. O que acha que acontece quando tomamos sal e perdemos água? Ficamos com mais sede! Porque acha que a coca-cola tem tanto açúcar? Para esconder o sal. A quantidade de açúcar é tão grande que nem notamos o sal! Acha que isto é coincidência?

Já se percebeu que o açúcar é mesmo uma droga mas ainda há mais uma coisa importante a desmistificar. Isto não é fácil de explicar em poucas linhas mas vou tentar. Existem vários tipos de açúcares: monossacarídeos (1 açúcar), dissacarídeos (2 açúcares) e polissacarídeos (vários açúcares). O arroz, a batata, o milho, a farinha são todos exemplos de polissacarídeos. Estes constituem os hidratos de carbono complexos que nos disseram que são bons. Os dois principais açúcares que vamos falar são a glucose e a frutose, todos os alimentos que ingerimos são reduzidos bioquimicamente a estas moléculas simples para poderem ser utilizados no nosso corpo.

A glucose pode ser utilizada por todas as células / orgãos do nosso corpo e é importante no fornecimento de energia para a função muscular. Portanto, quanto menos activos somos, menos glucose vamos precisar. A frutose, pelo contrário, apenas pode ser metabolizada no fígado e não afecta a grelina, a hormona que é libertada quando estamos com fome. Isto é, se bebemos um refrigerante (150 cal) o nosso cérebro não recebe o sinal que consumimos essas calorias. Continuamos esfomeados. A frutose é sete vezes mais reactiva que a glucose a formar Produtos Avançados de Glicação (AGE’s) – produtos que danificam proteínas, enzimas, DNA e receptores hormonais na superfície das nossas células, causando o envelhecimento precoce. Isto passa-se quando a proteína do sangue (hemoglobina) junta-se com o açúcar e acontece aquele fenómeno de caramelização. Um simples iogurte açúcarado todos os dias pode ser suficiente. A frutose em excesso vai converter-se em gordura (má) aumentando a resistência à insulina (a hormona fundamental na nossa composição corporal) e potenciando o desenvolvimento de doenças como: diabetes tipo II, cancro, obesidade, hipertensão, arteriosclerose. A frutose tem os mesmos efeitos nocivos no nosso fígado que o álcool, aliás o álcool não é mais que açúcar fermentado. Está a ver o perigo de tudo isto?

Para uma melhor compreensão das diferenças entre o metabolismo da glucose e da frutose teríamos que socorrer-nos da bioquímica, no entanto, creio que isso não serviria os propósitos deste post, que é fazer com que a informação possa ser entendida por qualquer pessoa.

Finalmente, desengane-se se pensa que os produtos light ou zero calorias são mais saudáveis como tentam vender. Tudo o que é light é enriquecido com adoçantes artificiais como o aspartame (fenilanina), acesulfame K, sacarina, sucralose (E-955), isto só para citar os mais conhecidos. Além de obesidade, estes produtos podem causar perturbações no sono, disfunção sexual, cancro, esclerose múltipla, lúpus, diabetes e outras doenças degenerativas.

5.  A Pirâmide dos alimentos é um bom guia para comer de forma mais saudável.

A Pirâmide dos alimentos tal como a conhecemos é uma das razões para a desinformação que tem sido prestada nesta área. Partimos do princípio que as organizações que estão por detrás disto querem promover a saúde pública levando as pessoas a acreditar que este é o melhor caminho para uma vida mais saudável. Damos como garantido que as recomendações dadas por organizações como a USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) visam proteger o interesse da saúde pública mas infelizmente as coisas não são bem assim. Pensamos, erradamente, que se os alimentos chegam aos supermercados é porque não devem ser assim tão maus. Porque existem organismos “credíveis” a regular e a controlar a qualidade dos alimentos. E que se esses alimentos fossem mesmo maus, nunca chegariam aos supermercados e as pessoas iriam saber disso mais tarde ou mais cedo. Pois, eu bem que gostaria que isso fosse assim, mas já lá vai o tempo em que acreditava no Pai Natal.

A primeira Pirâmide dos alimentos surgiu pela primeira vez na Suécia em 1974 mas a mais conhecida – aquela que podemos ver na figura – surgiu em 1992, pela mão da USDA. Desde então foram feitas algumas alterações, primeiro em 2005 e mais recentemente em 2011. Vamos falar da primeira mas antes de verificarmos o que está lá dentro, é importante saber isto. A USDA é uma das principais entidades reguladoras mundiais na área da nutrição e tem dois objetivos principais: 1) produzir informação científica para uma alimentação saudável e 2) proteger o interesse económico da indústria americana e expandir e subsidiar as suas principais plantações: milho, trigo, açúcar, soja e algodão. Aparentemente, o segundo tem tido mais que força que o primeiro, portanto esta pirâmide representa a superioridade dos intereses políticos e económicos sobre a ciência, o que é manifestamente lamentável para a nossa saúde e bem estar. Bem, vamos às evidências, que é o que interessa.

A pirâmide tem na sua base os hidratos de carbono refinados (pão, massa, cereais, arroz), ou seja, os alimentos que nos fazem engordar e ficar mais doentes. A ciência diz-nos que a obesidade é o resultado de um desequilibrio hormonal e não de um desequilibrio calórico. Isso acontece especificamente através da constante produção de insulina causada por alimentos ricos em hidratos de carbono tais como aqueles que fazem parte da base da pirâmide. Esta é que é a realidade e o problema é que já se sabe disto há muito tempo. Lembra-se da história de Banting no número 1 onde chegamos à conclusão que o número de calorias é pouco relevante? Foi a partir de 1960 que começaram as propagandas de desinformação, através de livros e através de estudos manipulados pelas organizações políticas.

No segundo degrau da pirâmide estão as verduras e as frutas, que são também hidratos de carbono, mas neste caso estes alimentos têm valor nutricional. As frutas e verduras são excelentes fontes de fibra, minerais, vitaminas e anti-oxidantes, fundamentais para reduzir o stress oxidativo, a inflamação e prevenir doenças.

No terceiro degrau da pirâmide aparecem as proteínas como a carne, o frango, os ovos, o peixe, os feijões, os frutos secos, juntamente com os produtos lácteos como o leite, queijo e iogurte. E no último degrau temos as gorduras, os óleos e os doces!

As comidas que nos mantêm saciados, magros e saudáveis são justamente aquelas que se encontram no topo da pirâmide. Refiro-me nomeadamente às proteínas e gorduras (vimos a importância destas últimas no número 3). Proteína é um nome derivado do grego proteios que significa a “mais importante” ou “a primeira”. As proteínas são feitas de cadeias complexas de aminoácidos e são essenciais para a nossa pele, músculo, cabelo e todas as reacções químicas que ocorrem no corpo humano. A nossa fisiologia utiliza 21 aminoácidos, sendo que nove deles são considerados “essenciais”, isto é, como o nosso corpo  não é capaz de os produzir temos que obtê-los através da dieta. As melhores fontes de proteína são o peixe, frango, peru, carne, ovos e marisco.

Ao contrário dos hidratos de carbono, as proteínas e as gorduras vão aumentar os sinais de saciedade durante mais tempo e vão manter os níveis de glicémia mais estáveis, precisamente porque as respostas hormonais destes macronutrientes são distintas. Ao comermos mais proteína e mais gordura vamos estimular em maior escala a secreção da hormona peptídea YY (PYY), que inibe a sensação de fome no nosso cérebro. Portanto, não se surpreenda se a taça de cereais ou o pãozinho com marmelada ao pequeno almoço deixam-no esfomeado passadas algumas horas. Os hidratos de carbono libertam muito pouca PYY. Esta hormona vai também aumentar a sensibilidade à leptina, outra hormona que tem um papel fundamental no nosso metabolismo e no controle do nosso apetite. Ou seja, quanto mais proteína e gordura consumirmos, menos necessidade de comer vamos sentir.

Conclusão: Esta pirâmide dos alimentos não serve as nossas reais necesidades e como tal não é um bom guia para prosperar. As proteínas e as gorduras deviam fazer parte da base da nossa alimentação (pelas razões que vimos acima e no número 3 – são fisiologicamente essenciais), juntamente com os hidratos de carbono das frutas e das verduras, pelo seu conteúdo em vitaminas e minerais. Tudo aquilo para além disto, por mais estranho que pareça, não parece ser essencial. Os produtos lácteos e os grãos (o glúten presente no trigo, centeio, aveia, cevada) parecem ter efeitos bastante adversos no nosso corpo e o seu consumo abusivo está associado a uma lista de problemas bastante frequentes: alergias, dores de cabeça, fatiga crónica, depressão, asma, autismo, infertilidade, diabetes tipo I, esclerose múltipla, artrite, lúpus, vítiligo, fibromialgia, esquizofrenia, doença de huntington, linfoma não hodgkin e hipotiroidismo. Pois é, dá que pensar, não dá?

6. Precisamos de hidratos de carbono para energia.

“O limite inferior de hidratos de carbono compatíveis com a vida, aparentemente, é zero, desde que quantidades adequadas de proteína e gordura sejam consumidas (…) há várias populações que ingeriram uma dieta elevada em proteínas e gordura com um mínimo de hidratos de carbono durante toda a vida, que não tiveram qualquer efeito na saúde e longevidade.”

Institute of Medicine of the National Academy of Sciences

Os hidratos de carbono não são alimentos essenciais na nossa dieta ao invés das gorduras e proteínas. Vou repetir, os hidratos de carbono não são alimentos essenciais na nossa dieta. O nosso corpo pode produzir todos os hidratos de carbono que necessita através das proteínas e das gorduras. Embora a glucose possa ser utilizada por todas as nossas células, apenas uma parte do cérebro e os glóbulos vermelhos precisam de glucose para funcionar. Isto é, o cérebro precisa de pelo menos de 120-130 gramas diárias de glucose para funcionar, mas não precisa de obter esssa quantidade específicamente dos hidratos de carbono.

O nosso corpo é capaz de produzir glucose através da molécula de glicerol dos ácidos gordos e através de um processo chamado neoglucogénese (neo = novo; gluco = glucose; génese = nascimento ou criação), que consiste na conversão dos aminoácidos em glucose. Portanto, mesmo sem consumirmos hidratos de carbono directamente da dieta, o nosso corpo funciona. Muitos médicos e profissionais de saúde querem que acreditemos que vamos cair e morrer sem hidratos de carbono, mas isso não é completamente verdade.

Os nossos corpos têm dois sistemas de combustível para nos dar energia. O nosso combustível primário é a glucose e o outro combustível é a gordura armazenada ou as cetonas. Quando estamos em jejum ou numa dieta restritiva de hidratos de carbono, passamos a utilizar as cetonas como fonte de energia e o corpo passa para um estado de cetose, um estado fisiológico perfeitamente normal e que não tem nada a ver com a cetoacidose – uma condição perigosa verificada nos diabéticos de Tipo I que ocorre quando o nível de glicemia está descontrolado e não se consegue produzir insulina.

Vários estudos demonstram que o estado de cetose é benigno e que não tem efeitos secundários quando efectuada em situações metabolicamente controladas. É através deste estado que o nosso corpo encontra uma forma alternativa de produzir glucose.

Donald e Susan Voet, autores de Biochemistry in a Nutshell – Fundamentals of Biochemistry, indicam que as cetonas servem como combustíveis metabólicos importantes para muitos tecidos, particularmente para o coração e para os músculos esqueléticos. Outros autores referem ainda que as cetonas fornecem uma fonte de energia eficiente para o cérebro e que o estado de cetose leve (que se verifica numa dieta baixa em hidratos de carbono) pode ter inclusivamente vários benefícios em doenças como Alzheimer e Parkinson.

Resumindo: Não existe uma necessidade fisiológica para consumirmos hidratos de carbono. No entanto, é preciso que fique claro que não estou de maneira alguma a sugerir que não se devem consumir. Como referi acima, os hidratos de carbono das frutas e verduras são importantíssimos para obtermos as vitaminas, minerais e anti-oxidantes numa dieta saudável. O grande problema é que a maioria das pessoas associa os hidratos de carbono exclusivamente ao pão, massa, cereais, batata, arroz e estes alimentos não são, de maneira nehuma, essenciais.

7.  O Colesterol elevado causa doença cardíaca.

“60% dos pacientes com ataques de coração têm colesterol normal.”

Dr. Lair Ribeiro, cardiologista brasileiro citando estudo de Framingham, o mais importante do Mundo no que respeita ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares.

O colesterol é uma substância gordurosa produzida pelo fígado que tem um papel crucial no funcionamento do nosso corpo. O colesterol é um componente essencial das membranas celulares e o nosso corpo precisa de colesterol para produzir hormonas, para sintetizar ácidos biliares (importantes na digestão de gorduras) e para ajudar-nos na síntese de vitamina D.

Como sabemos, existem três tipos de colesterol que são transportados no sangue pelas seguintes moléculas ou lipoproteínas: HDL (lipoproteína de alta densidade), LDL (lipoproteína de baixa densidade) e triglicéridos (TG). O HDL é considerado o “bom” colesterol e transporta o colesterol em excesso das células do nosso corpo para o fígado; o LDL, considerado o “mau” colesterol, faz o oposto do HDL, transportando o colesterol do fígado para o corpo; os Triglicéridos são uma medida das gorduras em circulação no nosso corpo, que, curiosamente, não aumentam com o excesso de gordura mas sim com o excesso de hidratos de carbono e com a resistência à insulina.

Portanto, é do conhecimento comum que um HDL baixo, um LDL alto e Triglicéridos altos, quando comparados com os valores médios recomendados, são factores de risco irrefutáveis associados às doenças cardiovasculares. Mas há mais coisas para além disto.

Em primeiro lugar, o perfil do colesterol tal como costuma ser analisado hoje em dia não parece ser o indicador mais importante a ter em conta no aparecimento de doenças cardíacas. Segundo as últimas investigações nesta área, dadas a conhecer pelo Dr. Mark Houston, Director do Nashville Hypertension Institute, a inflamação, o stress oxidativo e a disfunção auto-imune das artérias são os mecanismos fisiológicos mais importantes que causam doença cardíaca, pelo que não é correcto predizer o aparecimento de doenças cardiovasculares sem medir os marcadores de inflamação, stress oxidativo e disfunção auto-imune das artérias.

Em segundo lugar, o colesterol total alto por si mesmo não vai causar doença cardíaca. É o tamanho das partículas que compõem o colesterol que vão determinar se este é ou não um factor de risco. E o teste para medir o tamanho das partículas é o tipo de teste que não fazemos quando “analisamos” o colesterol, podendo levar, desta forma, ao tratamento de um problema que, na realidade, não existe. Vou explicar.

Sabemos desde os anos 80 que o colesterol LDL é mau porque pode formar placas nas paredes das artérias impedindo uma normal circulação do sangue. No entanto, existem pelo menos cinco diferentes tipos de partículas no LDL, sendo que duas delas são muito importantes distinguir.

Temos o LDL A, que é composto por partículas grandes e flutuantes e temos o LDL B, que é composto por partículas pequenas e densas. O LDL A é completamente inofensivo enquanto que o LDL B é especialmente perigoso porque é aquele que se cola à parede das artérias. O LDL B (o mau) está directamente associado às dietas elevadas em hidratos de carbono e baixas em gordura, enquanto que o LDL A (o inofensivo) está associado às dietas elevadas em gordura e baixas em hidratos de carbono.

Mais, quando fazemos dietas elevadas em hidratos de carbono e baixas em gordura, baixamos o colesterol HDL e aumentamos os triglicéridos, potenciando, desta forma, o risco de doença cardíaca. Quando consumimos dietas elevadas em gordura e baixas em hidratos de carbono, acontece o contrário, ou seja, melhoramos o perfil cardiovascular através do aumento do colesterol HDL e da diminuição dos triglicéridos.

Portanto, quando se olha para o colesterol LDL, é preciso ter em atenção que a qualidade (saber se as partículas são pequenas ou grandes) é mais importante que a quantidade.

Agora que percebemos que existem dois tipos de colesterol LDL, um inofensivo e um aterogénico (mau), é importante voltar a falar nas gorduras saturadas, que vimos no número 3. Se bem se recorda, as gorduras saturadas podem ser perfeitamente saudáveis se consumimos poucos hidratos de carbono. E porquê? Porque a gordura saturada aumenta o HDL, aumenta o LDL tipo A (o inofensivo) e baixa os triglicéridos. Ou seja, verifica-se de facto um aumento no colesterol total mas o perfil lipídico é bem melhor!

A gordura saturada, tal como as restantes gorduras, tem um efeito mais saciante no nosso organismo, vai ajudar-nos a manter os níveis de glicémia estáveis e não tem qualquer efeito na produção de insulina. Hoje em dia utilizamos óleos vegetais para cozinhar a altas temperaturas mas na realidade estes acabam por ser mais nocivos e pró-inflamatórios que a banha de porco ou mesmo a manteiga clarificada, porque as gorduras saturadas toleram melhor as altas temperaturas.

Agora já sabe, na próxima vez que for ao médico fazer análises para medir o colesterol, pergunte pelo teste de partículas, pelos marcadores de inflamação, stress oxidativo e de disfunção auto-imune das artérias. No mínimo o médico fica a saber que você está bem informado e você fica a saber se tem de mudar de médico ou não.

Conclusão:

Hoje em dia existe muita desinformação em relação a muita coisa e é isso que me motiva a pôr as coisas no papel. Espero sinceramente que a informação que foi aqui disponibilizada lhe tenha sido útil para compreender mais algumas coisas sobre a importância da nutrição e para o verdadeiro perigo das escolhas que fazemos todos os dias. Para mim foi de certeza e tenho a convicção que ainda há muito mais por descobrir!

Até breve.

Pedro Correia

Referências

Avena NM; Hoebel BG; Rada P; (2008). “Evidence for sugar addiction: behavioral and neurochemical effects of intermittent, excessive sugar intake”.

Gary Taubes (2011) – Why We Get Fat.

Gary Taubes at OSUMC – 2011 http://www.youtube.com/watch?v=bTUspjZG-wc

Gary Taubes at Google – 2011 http://www.youtube.com/watch?v=M6vpFV6Wkl4

Jonny Bowden (2011) – The (Ridiculous) New Cholesterol Guidelines for Children.

Jonny Bowden (2012) – 7 Nutrition Lies that are Making you Sick & Fat.

Lair Ribeiro (2011)  – O Risco de Beber Água Engarrafada. http://www.youtube.com/watch?v=k_J0oAC0sug

Loren Cordain (2011) – Origins and Evolution of the Western Diet: Health Implications for the 21st Century. http://www.youtube.com/watch?v=5dw1MuD9EP4

Mark Houston (2011). Interview with Charles Poliquin. Latest Advances in Cardiovascular Risk. http://www.youtube.com/watch?v=T2jpZNpVbkU&feature=player_embedded#!

Robb Wolf (2010) – The Paleo Solution.The Original Human Diet.

Robert Atkins (2002) – A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins.

Robert Lustig (2009) – Sugar: The Bitter Truth. http://www.youtube.com/watch?v=dBnniua6-oM

Robert Lustig (2011) – Interventions to Reduce Sugar Consumption. http://www.youtube.com/watch?v=7OaD_ACer_g

Robert Lustig (2011) – Sugar is a Toxin. http://www.youtube.com/watch?v=9-BEDX5AcTM

Timothy Ferriss (2010) – The 4 Hour Body.

325 thoughts on “7 Mentiras sobre Nutrição que estão a tornar as pessoas mais gordas e doentes

  1. Confesso que ainda não tive tempo para ler tudo … (mas vou tentar ler … ) o que li pareceu-me muito bom, muito científico, e mais que isso: muito real e fundamental a ser transmitido!
    Vou continuar a acompanhar ..
    Bjs =)

      • Gostei muito ainda não li tudo, mas como sou interessada na alimentação e qualidade de vida, achei muito profissional.Obrigada.

      • Eu li o artigo todo e tenho três perguntas. Quem está a fazer dieta deve optar por dar mais prefêrencia a que alimentos para consumir? E deve eliminar quais alimentos completamente para resultados mais eficazes? A carne não pode ser consumida se não for de pasto?

      • Sou da área da nutrição, não contesto suas palavras por terem harmonia perante as evidências epidemiológicas atuais!
        Vale a pena ressaltar que o consumo proteico excessivo, também gera doenças crônicas não transmissíveis.

        Léo Jorge

    • Muita informação interessante, mas ficam alguns reparos : Quando aprendi na escola primária a numeração romana, escrevíamos 19 = XIX… aqui aparece séc. IXX (???). “…adoçantes artificiais como o aspartame (fenilanina), acesulfame K, sacarina, sucralose (E-955), sacarose, isto só para citar os mais conhecidos” Mas a sacarose é o açúcar refinado que os adoçantes vão substituir ! “As melhores fontes de proteína são o peixe, frango, peru, carne, ovos e marisco.” E o frango e o perú não são carne ? E reparo, com agrado, que não aderiu ao “aborto tortográfico”, vulgo AO, mas palavra “objectivo” escapou e aparece feia e desfigurada como “objetivo”…

      • Agradeço os reparos ortográficos. Sim, a sacarose é o açúcar de mesa e não deveria estar classificada como adoçante artificial (vou retirar para não confundir os leitores). Frango e Peru são carne de aves. Em relação às “palavras novas” do acordo ortográfico, é possível que as encontre também noutros posts e que estejam misturadas com as antigas – eu próprio ainda não decidi como prefiro escrever. Cumprimentos.

  2. Obrigado pela informação que que dispões, informação essa que até hoje esteve completamente errada na minha cabeça e fico contente e agradecido por conseguires mudar esta forma de pensar! Já agora, vim aqui parar através do teu irmão, meu colega de turma da Fmh.

  3. Caro Pedro, este texto realmente leva-nos a uma série de interrogações e coloca em causa muitas verdades que tomamos como adquiridas. Concordo plenamente com o que dizes porque sou um exemplo de como uma dieta rica em proteina e pobre em hidratos de carbono, aliada à prática de uma actividade física regular (alternando o treino cardio com o treino de força) leva a uma perda maior de massa gorda através da sua substutuição por massa muscular.
    Desta forma perdi 20 Kg e evito oscilações acentuadas de peso, no entanto acredito que não será nada fácil para a maioria das pessoas adoptar este tipo de hábitos alimentares, quando diáriamente as grandes superfícies colocam ao seu dispor uma oferta enorme de produtos essencialmente compostos por hidratos de carbono e açucar, para não falar nos menus existentes na maioria da restauração, que privilegiam uma vez mais pratos com uma forte presença de hidratos refinados.

    Excelente texto, um abraço,

    Celso

    • Pois é Celso, se perdeste 20 kilos o teu exemplo é perfeito. O problema é que a maioria das pessoas não tem conhecimento deste tipo de informação, principalmente no que diz respeito aos alimentos que verdadeiramente engordam e fazem mal. E isso também acontece porque há muita desinformação e porque as pessoas fazem caso aos médicos que não percebem nada de nutrição e da sua importância para evitar grande parte das doenças associadas ao nosso estilo de vida. A sua forma de actuar é tratar os síntomas sem tentar perceber a causa. As pessoas têm que começar a perceber que os problemas de diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, não se tratam com pastilhas, tratam-se com mudanças simples no seu estilo de vida, é isso que vai fazer a diferença. A mentalidade não pode continuar a ser vou ao Mcdonald’s e continuo a tomar a minha multivitamina. Um grande abraço e obrigado pelo feedback.
      PS – Eu acredito que se as pessoas forem educadas e perceberem de facto as razoes, o porquê, a origem das doenças, haverá uma mudança grande no seu estilo de vida mas é claro que isso não interessa às grandes empresas alimentares e farmaceûticas porque não se podem patentear brócolos ou tomate :).

      • De acordo. O importante é perceber as causas para prevenir. Mas não é isso que interessa à indústria nem a alguns médicos que só sabem tratar, pois não sabem ou não estão interessados em prevenir. Aliás, são pagos para tratar, não para prevenir!

  4. “A frutose tem os mesmos efeitos nocivos no nosso fígado que o álcool, aliás o álcool não é mais que açúcar fermentado”

    Assim sendo Pedro, o que será ideal consumir? Glucose ou Frutose? Aproveito para tirar esta duvida…

    E já agora aproveito para agradecer o que estás a fazer por todos… é muito importante desmistificar estes mitos porque cada vez mais nos levam a uma sociedade mais obesa e a cometer erros por falta de informação.

    Cumprimentos

    • Olá Sofia e obrigado pelo comentário.

      Idealmente deve-se evitar ao máximo o consumo de frutose (mais info aqui: https://pedrocorreiatraining.wordpress.com/2012/11/13/sugar-the-bitter-truth-a-verdade-amarga-do-acucar/) e cingir a nossa ingestão de hidratos de carbono às verduras e às frutas. A verdade é que o nosso organismo nao precisa dos típicos hidratos de carbono refinados que as pessoas comem em abundância (arroz, massa, pão, batata e tudo o que seja proveniente da farinha). A não ser alguns atletas de elite que têm necessidades especiais (mas isto também varia consoante a modalidade), as pessoas comuns só têm a ganhar se consumirem cada vez menos esse tipo de alimentos. Pode custar a acreditar mas é a pura verdade.

      Melhores cumprimentos,

      Pedro Correia

      • Olá Dinis,

        Sim, a frutose é o açúcar das frutas, quando comemos a fruta no seu estado natural, usufruimos também do seu conteúdo total em nutrientes, mas quando a esprememos para fazer sumo, perdem-se estes nutrientes e fica apenas o açúcar.

      • E grande parte dos frutos e vegetais não são ricos em frutose? Em que fenomeno bioquimico se baseia para referir que o alcool e a frutose têm a mesma toxicidade para o fígado? A frutose é metabolizada pela alcool desidrogenase? Ha produção de acetaldeido?
        – O que define como açúcares refinados? A batata é “um açúcar refinado”?? Por causa do amido?? O amido é uma açúcar refinado ou complexo?

      • Olá André,

        Obrigado pelo comentário.

        De facto este artigo já foi escrito há algum tempo (sete anos) e ao relê-lo há várias coisas que não concordo e que hoje teria escrito de outra forma. Aquilo que aponta são alguns exemplos. Mas em relação à percentagem de frutose em alguns vegetais, esta é bem mais reduzida que nas frutas. Não há produção de acetaldeído com a frutose mas a sua exposição crónica poderá causar síndrome metabólica e/ou esteatose hepática via 1) lipogénese de novo e potencialmente via 2) SREBP-1c e ChREBP.

        Açúcares refinados são açúcares simples e a batata é um açúcar complexo como é óbvio (erro meu!). O amido é um açúcar complexo.

        Links:

        Click to access a10v18n3.pdf

        https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2189777
        https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17344645
        https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18490833

  5. Olá, primeiro de tudo quero dar-te os parabéns pelo excelente blog. E segundo, podes indicar-me uma imagem de uma roda de alimentos de acordo com as informações contidas neste post?

    • Olá Joao,

      Neste link poderá ver uma evolução da pirâmide dos alimentos até à Paleo, a dieta dos nossos ancestrais (na verdade nós é que evoluimos no sentido errado). Tenha em conta que o importante é que a carne seja orgânica e alimentada em pasto (a carne vermelha à disposição nos supermercados normalmente é criada à base de milho e cereais, tornado a mesma muito mais tóxica) e que o peixe seja selvagem.

      http://www.livingpaleo.com/the-food-pyramids/

      Veja também o vídeo.

      Melhores cumprimentos,

      Pedro Correia

  6. Mais uma vez Pedro, fantástico! Já tinha alguma informação sobre nutrição actualizada, já conhecia designadamente a dieta Atkins, mas este artigo é muito esclarecedor. Vou explorar a dieta Paleo e mudar muita coisa na minha alimentação, até para confirmar na prática pessoal as noções, coerentes e lógicas, que aqui revi. O problema é que, como colega de profissão, ando há anos a ensinar as “tretas alimentares” das pirâmides e rodas alimentares dos livros escolares aos meus alunos. E isso é que vai ser difícil de mudar, até porque há mais um problema: as carnes e peixes biológicos são dos produtos mais caros do mercado. De qualquer forma, muito obrigado e continua o excelente trabalho.

  7. Caro Pedro,

    Já tinha lido várias coisas sobre diferentes entidades que defendem a informação que tu, muito bem, juntaste e resumiste, tornando o artigo de fácil leitura e entendimento.

    Parabéns por isso!

    Gostava de te perguntar, o que para ti seria um ou dois dias de refeições saudáveis. Ou seja, o que comerias ao pequeno-almoço, meio da manhã, etc etc… e o pré/pós-treino, claro!

    Cumprimentos,
    Mafalda

  8. Artigo muito bom! É pena é que muita gente não acredite, mas essa é a razão principal porque o escreveste, não? Não sou nutricionista nem dietista (embora goste muito de ler artigos da área), mas nos anos que estudei saúde publica posso dizer que muitas organizações (quase todas) funcionam devido aos lobbies, e a ciência funciona (na sua maior parte), pelo dinheiro. Por isso recomendo a toda a gente que leia e faça interpretações de várias fontes e não acredite piamente nas grandes organizações ou grandes jornais científicos. E foram essas interpretações várias que foram feitas neste artigo….

      • Boa tarde,

        estou a meio do artigo e estou a gostar muito da forma como expõem as questões.

        Tenho tentado pesquisar na internet algumas informações (sendo que esta área já é de si bastante confusa para mim) e tenho tido dificuldades em escolher no que acreditar pois a maioria dos artigos não identificam as referências como o Pedro o faz aqui.

        Por estes dois motivos, desde já o meu obrigado.

  9. Parabéns pelo artigo. E obrigada!
    Sem saber, é o que faço.
    E sou uma cota de 56 anos com um corpo de 20. (agora percebo porque)
    baseio a minha alimentação em saladas, que adoro.
    Junto de tudo, tomate alface, brócolos, atum, bacon, um pouco de tudo o que houver no frio, tempero com azeite e ervas. Marcha tudo. eheheh
    Felicidades e continue a brindar-nos com as suas pesquisas.

  10. Olá

    Tendo em conta que exercicio aerobico trabalha grandes grupos. Treino de força é mais eficaz para perda de peso rápido, mas não facilitará o efeito yo-yo, que nem os suplementos para perda de peso, não existe uma maior alteraçao metabólica?
    Gostaria realmente de deixar o alerta para o consumo excessivo de n-6 em razão dos n-3 e seus efeitos catastróficos no nosso organismo. Não sou a favor das dietas vegetarianas, mas estas são pobres em aminoácidos,principalmente essenciais provenientes das carnes/peixe e no entanto estão associadas a “saude” fisica e baixo nivel de obesidade. Se 40% dos “pacientes” com ataques do coração têm colesterol elevado, isto não é muito, é imenso. Já para não falar nos que desenvolvem problemas cardiovasculares sem nunca chegar a ter um ataque. O LDL aumenta com o consumo de carnes e o HDL com cereais e vegetais, quanto aos TG, só aumentam com consumo combinado de gordura e hidratos!
    Peço desde já desculpas, mas no campo nutricional e alimentar, este “artigo” é no minimo questionável…aborda, defende algumas das mais polémicas técnicas adoptadas nos ultimos anos e refutadas pelos especialistas e profissionais de nutriçao e dietética, e cujas consequencias a curto e longo prazo, parecem estar a revelar-se muito graves!

    Obrigado pelas sugestões.
    Saudaçoes

    • Agradeço o comentário.

      O treino de força é mais eficaz para a perda de peso precisamente porque promove alterações metabólicas mais significativas.

      Ninguém disse ao longo do artigo que 40% dos pacientes com ataques de coração tinham colesterol elevado, essa foi uma interpretação sua. Aquilo que é preciso perceber é que existem marcadores muito mais importantes que o colesterol elevado para predizer doenças cardíacas e que devem ser avaliadas em primeira instância. Se me puder facilitar explicações ou estudos que sugiram que o LDL, o HDL e os TG só aumentam dessa forma, agradecia.

      Acho bem que questione o artigo (aquilo que costumo dizer às pessoas é que investiguem por sua conta) mas note que o mesmo está referenciado por cientistas, investigadores, bioquímicos e médicos especialistas em nutrição, com muitos trabalhos publicados em revistas científicas e que têm dedicado a sua vida ao estudo deste tipo de coisas, sem qualquer tipo de afiliação política ou corporativa.

      Com os melhores cumprimentos,

      Pedro Correia

      • Muito obrigado pela atenção e muitos parabéns pelo trabalho, dedicação e partilhas.

        Cumprimentos

      • Boa noite,

        Se 60% dos que têm enfartes do miocárdio (“ataques de coração”) não têm colesterol elevado, significa que 40% têm colesterol elevado.

        Acho bem falar-se desses temas, uma vez que há certos alimentos que as pessoas comem convictas que lhes é benéfico, mas que acaba por fazer o contrário. Um óptimo exemplo são os hidratos de carbono complexos, que as pessoas comem “à vontade” porque se crê que é uma fonte relativamente segura de energia, porque não provoca picos de glicémia e consequentemente de insulina ao contrário dos açúcares mais simples, não sobrecarregando assim o pâncreas. No entanto, os hidratos de carbono complexos são digeridos e são absorvidos como açúcares simples de qualquer forma…
        O exemplo da frutose, que apresenta neste artigo, também é fundamental, porque os diabéticos consomem-na pensando que é benéfica em relação à glicose, quando a frutose leva às alterações fisiopatológicas comuns à diabetes (nomeadamente a glicosilação não enzimática), mas sem ter sequer qualquer controlo hormonal, uma vez que a frutose não é controlada pela insulina.

        Dizem-se algumas informações importantes, mas tem de se ter cuidado com o que se diz. Sugere que a cetose é benéfica (e pareceu-me muito interessante o possível papel na prevenção de doenças neuro-degenerativas), mas a nível de rendimento de trabalho não me parece que assim seja, por exemplo.
        Nós sabemos que a PCR (marcador de inflamação) é um marcador importante de risco cardiovascular. Mas sabemos também que o colesterol LDL é um marcador de risco cardiovascular, e enquanto não surgir uma análise sanguínea mais específica que supere em termos de benefício e custo a medição dele, vai-se continuar a medi-lo e a agir de acordo com essa medição. Nós sabemos que só baixar o colesterol não chega para baixar muito significativamente o risco cardiovascular. Por isso é que se dão Estatinas como primeira linha, que têm efeitos benéficos a vários níveis, não só na diminuição do colesterol, mas também na diminuição da inflamação, adesão celular, disfunção endotelial, etc. E por isso é que também se aconselha exercício físico (essa questão do exercício anaeróbio é bastante pertinente, uma vez que, embora muitos médicos se esqueçam desse facto, o exercício anaeróbio permite ter condição física para fazer exercício aeróbio), abolição do tabagismo, modificação da dieta, evitar a diabetes, ou se já presente controlá-la, evitar hipertensão arterial ou tratá-la…

        Mas se uma pessoa quer ter aconselhamento dietético não deve realmente ir ao médico, deve consultar um dietista ou nutricionista, porque a formação do médico é dirigida para o tratamento e prevenção de doenças.

        Cumprimentos e parabéns pelo trabalho.

  11. Parabens Pedro so que as vezes sentimo-nos confusas mas prometo mais estudos para que clarifique as informacoes desse teu e nosso blog eu gosto do colorido da vida por isso no meu prato retrato isso obrg

  12. Bom dia.. poderia falar alguma coisa sobre a nova febre no Brasil.. quinoa…chia..linhaça..é bom mesmo????? são brancas….e….

    • Olá António,

      À partida esses alimentos têm um bom valor nutricional, pelo que se não tem qualquer tipo de problema de saúde que possa ser afetado pela ingestão destes alimentos, estes podem ser uma boa opção. No entanto, tenha em conta, que, tal como o treino, a dieta para ser completamente funcional, deverá ser individualizada.

      Cumprimentos.

  13. Li seu artigo todo e está de parabéns. Muito bem escrito e esclarecedor. Há tempos estou atrás de respostas para o meu ganho de peso, onde não me considero uma pessoa que exagera nas refeições. Já faço acompanhamento com nutricionista, mas confesso que fiquei surpresa ao saber das proteínas e gorduras. Eu moro no Brasil e onde vivo não há muita oferta de carnes ou outros produtos orgânicos. Como faço neste caso? Faria o mesmo efeito consumir carnes em menor quantidade? No caso do arroz, quando me der vontade de comer, posso consumir o integral? Obrigada desde já

    • Olá Andrea, obrigado pelas simpáticas palavras. Aquilo que recomendo é que se tente informar onde pode comprar esses alimentos, comer menores quantidades nao é solução, até porque a carne de pasto é uma excelente fonte de proteína. No caso do arroz, apesar de no artigo estar referenciado o arroz integral, o refinado acaba por ser mais adequado, porque o integral tem fibra insolúvel (resistente à atividade enzimática humana) e pode aumentar a inflamação no intestino (permeabilidade intestinal). O melhor mesmo é que veja estes assuntos com o seu nutricionista.

      Melhores cumprimentos.

    • Olá Sara,

      A stevia “parece” ser mais segura que os restantes edulcorantes mais comuns (aspartame, acesulfame K, sucralose) mas digo “parece” porque ainda existem poucos estudos feitos com stevia e aqueles que foram feitos (em animais) têm apresentado resultados pouco interessantes. O ideal é minimizar o consumo de substâncias que o nosso corpo não precisa e a stevia é uma delas.

      Cumprimentos.

      • Pois, essa é também a minha opinião e apesar de evitar todo este tipo de produtos na minha dieta, a verdade é que ao prescrevermos dietas para pessoas obesas e “viciadas” em açucar, temos de ser realistas e saber que 95% não vão deixar de um dia para o outro de consumir “doces”, daí a proposta de utilização de stevia como uma forma de transição mais saudável.

        Obrigada.

    • Sara,

      A stevia “parece” ser mais segura que os restantes edulcorantes mais comuns (aspartame, acesulfame K, sucralose) mas digo “parece” porque ainda existem poucos estudos feitos com stevia e aqueles que foram feitos (em animais) têm apresentado resultados pouco interessantes. O ideal é minimizar o consumo de substâncias que o nosso corpo não precisa e a stevia é uma delas.

      Cumprimentos.

  14. Parabéns pelo artigo. Sou médico e também adoro nutrição e desporto, questiono tudo. Desde cedo que “caço” novas ideias e exploro hipóteses. Desde há algum tempo que encontrei a linha da paleo diet e trophology. Entre trabalho, vida e inclusive batalhar para aplicar estes princípios é difícil uma pessoa organizar as ideias e dissertar desta maneira sobre este tema. Parabéns. A questão que me fica é de como é possível tanta gente estar tão enganada. E o mais incrível é que nem é só na nutrição e saúde. Hábitos que tomamos por rotineiros e seguros são autênticas agressões. Enfim, é ai que claro está uma pessoa chega às diferentes indústrias, lobbies, à falta de instrução e educação e outras. O Pedro já falou disto no seu artigo mas para outros que queiram mais umas luzes penso que este blog e em particular este texto de uma psiquiatra norte americana é bastante interessante e elucidativo http://evolutionarypsychiatry.blogspot.pt/2013/11/gluten-and-schizophrenia-again-with.html
    O blog tem links para todo um mundo ao qual o Pedro obviamente já pertence mas fica para os outros que estão agora a descobrir.
    Fica com o meu email, gostava que me contacta-se para poder ficar com o seu. Vou sugeri-lo para falar em algumas reuniões médicas relacionadas com nutrição, dieta mediterrânea, obesidade, doenças cardiovasculares. Há reuniões onde o debate acontece e as portas estão abertas à novidade, embora perceba que generaliza quando fala dos “médicos”, tenho a certeza que sabe que pode encontrar receptividade em alguns.

  15. Olá Pedro,

    Gostei bastante do artigo e identifico-me em vários pontos com ele.
    Tenho no entanto uma dúvida em relação às proteínas de que falou. Sou vegetariana há mais de 10 anos, porque simplesmente o meu corpo rejeita carne e peixe. Mas tenho uma actividade fisica intensa, com corridas semanais, treinos de alta intensidade e também sou instrutora de yoga. Tento sempre ter especial cuidado com quantidade de proteinas que ingiro, sendo muito à base de feijão, grão, ovos, bróculos, cogumelos, espinafres. Considera que há alguma falta de aminoácidos essenciais? Se sim, quais os alimentos que os podem substituir?

    Obrigada pelo esclarecimento

    • Olá Mafalda,

      No seu caso eu tomaria atenção aos níveis de Vit. B12, cálcio, iodo, gordura ómega 3, vitamina D e zinco porque podem estar abaixo daquilo que necessita. Eu acho que é possível seguir uma dieta vegetariana saudável mas o meu conselho é que a faça da forma mais consciente possível e/ou com um acompanhamento profissional, porque provavelmente necessitará de algum tipo de suplementação.

      Julgo que neste site poderá encontrar informação para ajudá-la a tomar algumas decisões de uma forma mais consciente: http://rawfoodsos.com/.

      Melhores cumprimentos.

  16. Este é mais um daqueles estudos a favor do MAIOR negocio do Mundo que é a comida e principalmente a comida de origem animal principalmente carnes vermelhas. este é como o estudo que nos fez acreditar desde miudo que a roda dos alimentos é saudavel. Todo o tipo de gorduras e proteinas principalmente de carnes vermelhas juntamente com ovos, leite e queijo sao o MAIOR veneno existente na nossa alimentação e vem agora um estudo falar que os cereais sao prejudiciais a saude e que as gorduras nao o são!?!?!?!?!? Se querem comprovar o que digo vejam este documentario Forks Over Knifes e vejam a verdade incoveniente sobre a alimentação e sobre todo o esquema que é feito para iludir as pessoas como o estudo apresentado em cima. http://www.wareztuga.tv/movie.php?m=Forks_Over_Knives

    • Bruno,

      Como eu sei que algumas pessoas podem ler o seu comentário e ficarem novamente confusas, gostava de esclarecer o seguinte:

      1) O problema das carnes vermelhas serem mais tóxicas hoje é porque as vacas são alimentadas com cereais (milho), ou seja, o problema é que nós estamos expostos à carne de animais obesos e doentes. Se fossem alimentadas em pasto (tal como evoluiram naturalmente), esse problema não se colocaria.

      2) As gorduras não são todas iguais, por isso colocá-las a todas no mesmo pacote (como toda a gente o faz, profissionais de saúde incluídos) foi o que nos trouxe até a este mundo doente e obeso. Se quiser saber mais sobre isto recomendo que veja o trabalho do Chris Masterjonh (PhD em Ciências da Nutrição), aí também vai perceber que os ovos são dos alimentos mais nutritivos que podemos comer e que é na gema que está a maior parte dos nutrientes. Link: http://www.cholesterol-and-health.com/about-cholesterol-and-health.html.

      3) Se quiser saber porquê que os cereais de hoje em dia são alimentos pouco funcionais para a nossa fisiologia, recomendo que comece por ler este artigo do Prof. Loren Cordain, autor de mais de uma centena de artigos peer-reviewed em jornais científicos de referência: http://www.direct-ms.org/pdf/EvolutionPaleolithic/Cereal%20Sword.pdf e/ou por ler este livro do médico cardiologista William Davis: http://www.amazon.es/Sem-Trigo-Barriga-Livre-se-trigo-ebook/dp/B00BX9LQO6.

      Eu entendo que este tipo de informação pode ser contraditório a tudo aquilo que ouviu dizer (eu também já passei por isso), mas o meu conselho é que procure pela evidência científica e não se deixe ficar pela evidência de café.

      Cumprimentos.

  17. Caro Pedro Correia. Na prática isto significa que é preferível um pequeno almoço de bacon e ovos, a torradas com meia de leite?
    Obg. E muitos parabéns pelo artigo.

  18. Olá Pedro Correia. Antes de mais parabéns pelo artigo, que é bastante elucidativo e interessante. Tenho uma questão prática: seguindo a lógica do seu artigo, será preferível um pequeno-almoço de bacon, ovos e queijo, ao invés de torradas e café com leite? Será preferível fazer caminhadas ao invés de corridas? Muito obrigada.

      • Obrigada pela resposta. Vou partilhar esta informação, acho que posso, não é? 🙂 Vou tentar uma nova dieta e verificar os efeitos, pois consumo muitos hidratos de carbono. Muito obrigada pela informação. Cumprimentos.

  19. Muitos parabéns. O artigo faz uma excelente síntese de muita informação que fui lendo ao longo do tempo e que a minha médica me foi passando

  20. Gostei do artigo, mas como sou muito desconfiado, fico sempre na duvida em qual das partes deva confiar… se nas suas teorias se nas da USDA. Na realidade tudo o que vem da america deixa-me de pe atras, e pensando bem fiz uma dieta à cerca de dois anos e a minha alimentaçao baseava-se naquilo que vc diz ser bom, e realmente foi. Mas onde posso encontrar uma lista com as coisas boas que devo comer e na a lista da USDA. Obrigado. Miguel

  21. caro pedro, parabéns pelo post.
    excepto alguns pormenores sobre o exercício q não são muuito correctos, ou pelo menos postos numa perspectiva q não abrange toda a verdade, e uma predominância sobre proteína animal q não é tão saudável como se faz querer, tudo o resto é óptimo. há muitos anos q sou autonomamente formado em muita coisa sobre desporto, nutrição e saúde. ( Sou profissional de saúde) e sigo muita coisa, livros, artigos, conferências, alguns com pouca visibilidade em Portugal.
    desafio-o a pesquisar, e tentar saber mais sobre proteína vegetal, e respectivos alimentos – aquela q portanto não nos dá músculos tão grandinhos – e o como essas sim nos são essenciais, e não as de origem animal. arrisco dizer q se completar essa parte dos seus conhecimentos e perspectiva global da complexidade q é a alimentação e ainda mais complexidade q é a metabolização/tolerância/adaptação do nosso corpo a tudo de bom e mau q comemos, ficará mais elucidado e no limiar do perfeito sobre o bom e mau q comemos! =)

    Cumprimentos

    • Olá Igor,

      Obrigado pelo comentário.

      Se puder agradecia que me informasse quais os pormenores sobre o exercício que não estão corretos (recordo que o post não era sobre exercício).

      Em relação à proteína vegetal e/ou animal, se olharmos para a forma como o nosso genoma se desenvolveu, verificamos que cerca de 50-60% da proteína que ingerimos foi proveniente de fonte animal (carne, marisco, ovos, aves) – acho que também é importante ter isto presente. Isto são dados da equipa de investigação do Prof. Loren Cordain, o maior investigador da Dieta Paleolítica.

      Com certeza que irei continuar a pesquisar e a estudar, tudo o que envolva alimentação e exercício pode tornar-se bastante complexo, tudo depende da forma como nós olhamos para as coisas.

      Cumprimentos.

  22. Bom dia

    Fazendo eu uma alimentação tradiconal mediterranica em que incluo suplementos (omega 3/ multivitaminas / fibras) e faço um pequeno almoço à base de batido com proteina de soja e praticando desporto com regularidade (3 vezes por semana) tendo como apoio nutricional suplemento à base de proteina de soro de leite /hidratos/aminoácidos, estou com uma suplementação correcta ou devo alterar alguma coisa ?
    nota. estes suplementos contém vitaminas/sais minerais/sódio/hidratos/lipidos/l-glutamina/l-carnitina/l-isoleucina/l-leucina/l-valina e BCAA.
    obrigado desde já pela atenção dispensada.
    cumprimentos

  23. Boa tarde

    O texto é mto bom e bastante fundamentado! Tenho-me informado em relação a dieta a base de proteínas e faz mto sentido! Tenho a seguinte questão! Esta o nosso organismo (“fígado”) preparado para processar tantas proteínas? Estando a maioria o alcance de carnes, peixes e ovos na sua maioria de grandes explorações onde são autênticas fábricas!

    Obrigado

    • Olá Joao,

      Obrigado pelo comentário. Se estivermos a falar de indivíduos saudáveis, à partida não haverá problema nenhum por “excesso” de proteína, no entanto, é preciso ter em conta que a nutrição, tal como o exercício, deve respeitar sempre a individualidade funcional de cada um. Tal como em todos os macronutrientes existem uns que são mais e/ou menos funcionais que outros, mas para saber isso com segurança é preciso saber o historial de cada um.

      Um abraço.

  24. Boas tardes Pedro e a todos os demais, desde já gostaria de lhe dar os parabéns por este “despertar” de informação e por se mostrar disponível em esclarecer quaisquer dúvidas que possam aparecer. A minha principal dúvida é a seguinte, como obter informação sobre que alimentos comer, passo a explicar-me melhor. Por exemplo, decido tentar mudar a minha alimentação que já se prolonga há 37 anos, mas não sei por onde começar. Que alimentos comer ao pequeno almoço, lanches , almoços, jantares … Tem conhecimento de algum site que disponibilize algumas “tabelas” de alimentação de acordo com a nova pirâmide de alimentos ?

    Pois por vezes a força de vontade não é suficiente para a mudança, convém ter informação para que se consiga melhores resultados.

    Desde já o meu muito obrigado pelo despertar. Parabéns Pelo artigo.

    Abraços.

    • Olá Tiago,

      O ideal é começar a mudar pequenos hábitos mas para isso aquilo que recomendo é que procure alguém (um nutricionista e/ou dietista) que lhe possa orientar nesse sentido. Se quiser eu posso ajudá-lo a encontrar alguém da minha confiança, envie-me um e-mail se estiver interessado.

      Em relação à questão que me coloca, não tenho conhecimento de nenhum site com essa informação – mas não se guie muito pela pirâmide (na verdade, a versão mais recente da mesma é um prato) dos alimentos.

      Um abraço.

  25. Boas Pedro, tal como muitos colegas gosto de ler e analisar tudo o que publicas, mas hoje ao ler este decidi comentar. Não falando de caso específico nenhum, o artigo fala quase sempre em dietas para reduzir peso ou emagrecer, logo a minha dúvida prende se com o oposto, os atletas de alta competição ou aqueles que praticam treinos de alta intensidade diariamente com gastos caloricos elevados, a alimentação rica em proteínas irá sem dúvida defendi los, baixar a % de gordura mas conseguiram melhorar a performance ou aumentar a massa muscular! sem ter de ingerir proporções elevadas de proteínas devido ao consumo calórico diário? Deixo no ar algo que ao ler muitos artigos se nota a relação com o emagrecimento e pouca incidência no potenciar os atletas quase profissionais que hoje temos cada vez mais.
    Bom trabalho
    Abraço
    Pedro Rocha

  26. Pingback: [Boas Descobertas] 7 Mentiras sobre Nutrição que estão a tornar as pessoas mais gordas e doentes | Os Fantásticos mundos de Elsa

  27. Boa noite. Desde já os meus parabéns pelo artigo. Sendo eu um português típico q come de tudo e mal, mas que tem vontade de mudar, gostaria de ter a sua opinião de como devo fazer para me reeducar. Mais,foi – me detectada há 2 meses uma doença rara chamada CIDP e que o tratamento passa por levar doses elevadas de hemoglobina,gostaria de saber q efeitos o tratamento poderá ter numa dita dieta sem hidratos de carbono. Muito obrigado!

  28. e a primeira vez que leio este blog mas gosto muito de estar informado ja ouvi de tudo e tenho o meu cerebro todo baralhado isto da resultado para quem quer baixar a retenção de liquidos e a massa gorda e continuar a ganhar massa magra? faço 5 dias de musculação por semana 1 hora de cardio de manha e 1.30 h de ferro a tardee tomo a suplementação basica de um praticante de musculação,proteina,creatina,bcaa,glutamina e um multivitaminico centrum gostava de saber a sua opinião obrigada

  29. “A frutose tem os mesmos efeitos nocivos no nosso fígado que o álcool, aliás o álcool não é mais que açúcar fermentado”

    Pelo que sei as frutas são ricas em frutose, queres dizer com isto que não devemos comer fruta?

  30. Sou prof de Ed. Física, treinei atletas de média-alta competição e tive ginásios de musculação. Tudo há já alguns anos atrás. Já nessa altura dizia este tipo de coisas: privilegiar o treino muscular de alta intensidade, evitar os açúcares “escondidos”, ingerir proteínas e gorduras em vez de hidratos. A maioria das pessoas chamava-me maluco, claro, pois tinha chegado a estas conclusões de forma empírica e sem apoio científico e bibliográfico. É, por isso, com muita satisfação, que li este texto. Já posso morrer de consciência tranquila. Obrigado, Pedro. Parabéns!.

  31. Boas Pedro, gostei muito do teu post, li mais por curiosidade, gostei de ver que andamos a consumir os “alimentos” errados em demasia..algumas já sabia, mas realmente fiquei admirado com muitas contrariedades que evidenciaste, menos admirado quando quem passa a informação para uma vida supostamente saudável alimentar é na realidade os mesmos que querem é que as pessoas consumam os alimentos que eles próprios promovem, esses os supostos alimentos ricos em hidratos de carbono.

    Por curiosidade, não tens nenhum texto sobre como engordar, para pessoas que são magras e por muito que comam, que o apetite é grande, nunca conseguem ultrapassar o aumento de peso em 2kg, pois o metabolismo dá cabo desses dois kg num instante.

    Espero que ninguém fique ofendido com o que perguntei, mas eu sou magro, 1,85cm, 60kg, demasiado até para a minha altura, quando tento fazer para comer mais, ou melhorar as minhas refeições, o máximo que consigo é 2kg de aumento de peso, mas o meu organismo rápido dá cabo deste aumento, devido ao stress, sou uma pessoa muito activa, desporto algum, das duas refeições principais uma delas algumas vezes é uma sopa e fruta, penso que estes factores influenciam em não conseguir aumentar de peso.

    Mais uma vez, peço desculpa pela pergunta, muita gente secalhar agora está-me a chamar “nomes” ou assim, mas há pessoas que são magras e não só quem quer diminuir o seu peso para estar melhor consigo mesmo tanto de saúde como em aparência, eu também gostava de poder fazer uma dieta em que consegui-se aos poucos aumentar o meu peso de maneira a também poder sentir-me melhor comigo mesmo e evitar mesmo os comentários que são sempre os mesmos, “estás tão magro, ainda apanhas uma doença”…. irrita!

    Pedro, obrigado mais uma vez pelo post, gostei de ler e até vou aproveitar para partilhar com uns amigos que tenho.

    Cumps.

  32. A mensagem chegou!
    Parabéns
    Não me lembro de ter falado da água
    Que quantidade diária deveríamos ingerir para corrigir o resto das asneiras?
    Ou não é assim tão linear?
    Um abraço

  33. Boa tarde Pedro. Antes de mais gostaria de lhe dar os parabéns pelos textos que escreve, os quais tenho acompanhado, embora nem sempre concorde (o que me parece também saudável).
    Sou nutricionista, professora de nutrição e formadora e gostaria de deixar a minha opinião acerca deste artigo. Parece-me que em contraponto às ideias impostas pela indústria alimentar, os defensores de algumas “doutrinas” alimentares como a paleo e outras, acabam por cair no mesmo fundamentalismo e na minha opinião o que nos tem tornado mais doentes são as ideias fundamentalistas. Quando refere que tudo o que escreve está assente em dados científicos também sabe bem como a ciência é feita e que seria fácil, igualmente com dados científicos, refutar tudo o que diz…Não podemos por um lado atacar as instituições que dizem apoiar-se nessa ciência e por outro defendermo-nos com ela (não sou avogada do diabo, porque em muitas pontos concordo consigo, mas discordo destes argumentos). Parece-me que verdades absolutas serão difíceis de encontrar, até porque parece, também, que não metabolizamos todos os nutrientes da mesma forma e o impacto dos nutrientes no metabolismo pode ser diferente consoante características metabólicas e genéticas especifícas.
    Sou uma defensora das “boas gorduras” e da ideia que de facto a alimentação não pode nem deve ser pobre em gordura, aliás temos culturalmente esse ideal com a “Dieta Mediterrânica” que tento preservar e ensinar. Concordo também que a visão médica de avaliar o risco de aterosclerose e DCV pelo colesterol total é completamente errada e até posso acrescentar que vejo semanalmente idosos a tomar estatinas, com valores de colesterol de 120-130 mg/dl de sangue (que o médico acha fantástico), o que pode potenciar o aparecimento ou desenvolvimento de demências e estados depressivos.
    Relativamente à frutose, estou de acordo, mas de facto o que diz parece um pouco contraditório, pois incentiva o consumo de fruta, que é rica em frutose. Frutose não, quando utilizada como adoçante de outros produtos, não poderia estar mais de acordo. Esteatose hepática não alcoólica na certa…mas a fruta também tem quantidades limitadas;)
    Para finalizar, que o texto já vai longo, relativamente ao ómega 6 e relação ómega 3 e ómega 6. Não são ambos anti-inflamatórios…são antagonistas, mas necessitamos de facto dos dois nas proporções que refere (porque também precisamos de inflamação…), contudo as fontes alimentares que refere embora estejam corretas, o homem está a ir buscar o ómega 6 à carne, devido à alimentação dos animais, por muito que isto que custe a aceitar:) Não sei se lida com muita gente diariamente, mas julgo que sim…Portugal é um país de pobres e remediados, o povo não tem dinheiro para comprar carne dos pastos e mesmo esta, atenção, a indústria é a indústria…um pouco de pasto, um pouco de farinha…
    É importante levantar estas questões, mas para mim é muito importante que se eduquem as pessoas a comer o que podem comer, o que têm disponível, com o menor prejuízo possível e antes de colocar todos os cereais no mesmo saco, ensinar a distinguir o trigo do joio e, principalmente, ensinar as pessoas a não comprarem produtos embalados, de grande durabilidade…acredite que melhoraríamos em muito as nossas taxas de obesidade e DCV.

    Parabéns e Obrigada!

    Joana

    PS.: Peço desculpa pela “provocação” mas, então o bacon tem ou não tem farinhas e/ou açúcares adicionados??? Neste artigo diz que sim, noutro post refere que é melhor comer 4 ovos (presumo que biológicos, mas livres de excrementos) e bacon no pequeno-almoço…não lhe parece que as charcutarias, principalmente as mais salgadas deveriam mesmo ser evitadas. Ora se os ovos já são riquíssimos em sódio, vamos juntar bacon cheio de cloreto de sódio???

    • Olá Joana,

      Muito obrigado pelo apoio e pelas suas opiniões.

      Em resposta aos seus comentários, tenho a dizer o seguinte:

      1) Eu não olho para a Dieta Paleo como uma “doutrina alimentar”, mas antes como um template que merece ser seguido com mais atenção. Aliás, apelidar de “Dieta Paleo” é uma abordagem demasiado reducionista, porque mais que uma dieta, este é um estilo de vida que contempla a adopção de novos hábitos comportamentais no que diz respeito à alimentação, ao exercício físico, à exposição solar, aos padrões de sono, apelando a uma vida menos tóxica e mais ativa. A alimentação (que consiste na ingestão de alimentos frescos e não processados), é apenas uma parte da equação, portanto, se na sua opinião isto é fundamentalismo, lembro-lhe que isso é apenas a sua opinião.

      2) No que diz respeito à ciência, é preciso entender que existe uma hierarquia referente ao nível de evidência científica apresentada (http://www.cebm.net/?o=1025). Segundo aquilo que sei, a maior parte das recomendações nutricionais têm sido feitas com base em epidemiologia e este nível de evidência científica é relativamente fraco (correlação não é igual a causalidade) se compararamos com estudos de intervenção aleatórios. Portanto, é fundamental saber interpretar estes estudos à luz da hierarquia existente na investigação científica.

      3) Verdades absolutas não existem, aí estou de acordo consigo, mas parece-me ser importante partirmos de uma premissa fundamental: ficarmos atentos à evidência científica.

      4) Em relação à Dieta Mediterrânica, como é que essa pode ser ideal se o número de pessoas obesas e doentes não para de aumentar. Será que os culpados somos apenas nós que não seguimos as boas práticas alimentares? Eu acho (e tenho evidência que lhe posso facultar se estiver interessada) que o problema é mais profundo que isso, e faz-me muita confusão que se continue a recomendar a ingestão de pão, de cereais integrais e de lacticínios na dieta. Por exemplo, na sua mais recente conferência, na Gluten Summit, o Dr. Alessio Fasano (investigador mundialmente reconhecido pela sua investigação pioneira na doença celíaca) afirmou que “nenhum humano é capaz de digerir glúten” e como tal “não são apenas os doentes celíacos que têm que ter cuidado com o glúten.” O Dr. William Davis (médico especialista em cardiologia preventiva), autor do livro “Sem Trigo, Sem Barriga” disse: “se você quisesse infligir diabetes no mundo numa escala incrivelmente sem precedentes, bastaria dar às pessoas uma grande quantidade de cereais integrais saudáveis” (o “saudáveis” é para ler com ironia). Em relação ao leite e lacticínios, recomendo que veja este post: https://pedrocorreiatraining.wordpress.com/2013/02/20/o-mito-do-leite-desfeito/. E acho que nem vale a pena falar nas recomendações referentes ao número limite de ovos por semana.

      5) Relativamente à frutose e à fruta, esta questão também é complexa, depende se estamos a recomendar a fruta para alguém obeso, resistente à insulina, com diabetes ou para um indivíduo saudável e que pratica desporto com regularidade. Cada pessoa terá necessidades diferentes e aí será importante distinguir as frutas com maior ou menor teor em frutose ou mesmo eliminá-las durante um tempo.

      6) Gorduras Ómega 3 e Ómega 6. Eu não disse no texto que ambas são anti-inflamatórias, na verdade, as ómega 3 são mais anti-inflamatórias e as ómega 6 são mais pró-inflamatórias – precisamos de ambas! O que é preciso é equilibrar o rácio e aí julgo que estamos de acordo. Também é verdade aquilo que diz em relação ao excesso de ómega 6 da carne e por isso é que no artigo destaco sempre a ingestão de carne alimentada em pasto.

      7) É claro que nem todas as pessoas têm os recursos financeiros ideais para pôr em prática a alimentaçao ideal, mas julgo que ainda existe um longo caminho a percorrer no sentido de educá-las a fazer melhor escolhas no dia a dia, mesmo com alguns constrangimentos financeiros que todos nós sabemos que existem.

      8) Finalmente, e para responder à sua “provocação”, é verdade que o bacon de supermercado tem muitos aditivos (açúcares e outros) que não interessam para nada, no entanto, se me perguntarem se é melhor comer torradas / cereais com leite ou bacon com ovos ao pequeno almoço, eu não tenho dúvidas em dizer que o último vai ser melhor em 100% dos casos. Se o sódio é uma preocupação, se calhar é melhor retirar a clara, já que 87% do sódio está na clara: http://www.cholesterol-and-health.com/Egg_Yolk.html.

      Tenho a certeza que poderemos encontrar muitos pontos em comum (e que aqui não dá para falarmos de todos) no que concerne à Nutrição e agradeço mais uma vez a sua intervenção, isso significa que também está interessada em melhorar o estado das coisas.

      Cumprimentos.

  34. Bastou-me o primeiro ponto para nem avançar mais… “Glucose also provides complete protection against all toxic effects of alloxan both in vivo and in vitro [2]. This universal protection is achieved through the prevention of glucokinase inhibition and the preservation of the antioxidative defence mechanisms of the beta cell”

    http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00125-007-0886-7/fulltext.html

    Aconselho-o também, quando dá estudos como referência, a ver qual foi a metodologia usada no estudo, hoje em dia apresentar um estudo como referência chega apenas para os menos criticos.

    • Olá Nuno,

      Realmente a evidência ainda parece ser fraca no que diz respeito à toxicidade da aloxana em humanos, devido ao alegado efeito protector da glucose. A minha preocupação aqui consiste em saber que quantidades de aloxana (nos alimentos) são necessárias para superar esse efeito protector da glucose nas células beta do pâncreas – se tiver informação nesse sentido agradeço que partilhe, estou sempre disponível para aprender.

      Mais três notas:

      i) Se teve oportunidade de ler este artigo Lenzen S, Panten U (1988) Alloxan: history and mechanism of action. Diabetologia 31:337–342, na explicação do mecanismo de ação da aloxana na célula pancreática, existe mesmo uma referência nesse sentido: “High alloxan concentrations can overcome the glucose protection of the pancreatic islets [60] and of the glucokinase against alloxan action (S. Lenzen, unpublished observation)”. Link: http://link.springer.com/article/10.1007%2FBF02341500.

      ii) Apesar deste estudo ser epidemiológico (e como tal carente de evidência científica forte) Mrozikiewicz A, Kiełczewska-Mrozikiewicz D, Lowicki Z, Chmara E, Korzeniowska K, Mrozikiewicz PM. Blood levels of alloxan in children with insulin-dependent diabetes mellitus. Acta Diabetol. 1994 Dec;31(4):236-7, os autores chegaram às seguintes conclusões: “The metabolism of alloxan leads to the production of free superoxide radicals which, as is well known, injure cells and cause conditions conducive to the occurrence of diseases from autoimmunity. The results obtained suggest therefore that higher levels of alloxan in diabetic children are of significance in the onset of insulin-dependent diabetes mellitus.” Link: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7888696?dopt=Abstract.

      iii) Independentemente da aloxana ter um não um papel no desenvolvimento da diabetes, penso que concordará comigo que a farinha refinada e todos os alimentos que contenham farinha refinada, são alimentos de qualidade inferior (calorias vazias) e indutores de uma resposta insulinémica e inflamatória não desejável para quem quer ficar doente menos vezes.

      Obrigado pela partilha do estudo e pelo conselho.

      Cumprimentos.

  35. Olà Pedro, gostei muito do seu artigo. Uma pergunta: que dizer do grão-de-bico, feijao seco, ervilhas, favas?? Eu gosto muito, é preciso evitar?
    Tambèm gostaria saber se tem alguns colegas na França que poderia contactar no que diz respeito ao que pedir para anàlise do colesterol (porque minha mae mora na França e nao sei como se diz “teste de partículas, marcadores de inflamação, stress oxidativo e de disfunção auto-imune das artérias”.
    Obrigada
    Manuela

    • Olá Manuela,

      Obrigado pelo comentário.

      Na verdade essa situação depende da sua tolerância e historial clínico. Aquilo que lhe posso dizer é que essa classe de alimentos, as leguminosas, têm compostos (lectinas) que inibem a absorção de vários nutrientes importantes e como tal a estratégia que pode adoptar para minimizar esses efeitos, é cozê-los durante bastante tempo.

      No que diz respeito à análise do colesterol, o teste que deve tentar fazer é este: Lipoprotein Particle Profile Testing (LPP). Infelizmente não conheço nenhum colega em França que lhe possa ajudar nesse sentido mas vou tentar ver com os meus contactos, mande-me um e-mail a pedrocorreiatraining@gmail para ficar com o seu contacto.

      Cumprimentos.

  36. Olá Pedro, parabéns pelo artigo.
    Gostava de deixar aqui um alerta para quem o siga ou venha a ler o post. Tenho 48 anos e há mais de 30 que sofria de enxaquecas. Nos últimos 10 ficaram mais fortes e frequentes, cerca de uma incapacitante a cada cinco a sete dias. Surgiam de repente e evoluíam rapidamente. Geralmente acordava com elas, aparentemente sem razão. Cheguei a ter enxaquecas de três dias seguidos que só passavam com comprimidos e dieta forçada (quase não conseguia comer nesses períodos). Como tento fazer uma alimentação saudável (variada de carne de aves, peixe, legumes e fruta, sem excessos ou comidas processadas nem álcool e quase sem açúcares ou leite e seus derivados) sem fundamentalismos, estava sem saber o que fazer. Já tinha afastado as razões hormonais ou de olhos (uso óculos) e, pensava eu, também as alérgicas, para as minhas enxaquecas.
    Para concluir o comentário, bem mais longo do que queria, em 16 de outubro de 2013, depois de tropeçar num artigo semelhante a este na net e de perceber que o glúten podia provocar enxaquecas, deixei de comer cereais. A mudança foi radical e extraordinária: NUNCA mais tive desde essa data as enxaquecas que tinha até então. Faço melhor as digestões. E se de vez em quando fico com a cabeça pesada sei perfeitamente que asneiras fiz, habitualmente comi alimentos com glúten que não pude evitar, num restaurante ou refeição, chocolate à noite ou outra parvoíce dessas.
    Sei que sou só um caso. Mas pode ser que ajude outros que tenham o mesmo problema.
    De notar que não me considero celíaca mas apenas intolerante à lactose e ao glúten. Desculpe o “testamento” já agora.

  37. Obrigado Pedro pela informação partilhada neste texto! Ajuda muito a esclarecer ou a lembrar de como podemos ter uma boa/ razoável alimentaçãão. Porque apesar de tudo existe muito a tentação de fugir e comer comida de plástico. Eu já tive consultas de nutricionista, mais para saber como comer e o que comer do que emagrecer (peso 59kg e meço 1,60m), apesar de querer tirar 4quilinhos! Contudo ao ler toda esta informação continuo com 2 duvida, no peq almoço (um problema para mim, porque nunca tenho muita fome) eu as vezes tomo leite magro c/ chocolate (não gosto do sabor a leite) e 2torradas ou 1iogurte numa taça c/ corn flacks e um kiwi ou outra fruta que tiver em casa e 2torradas. O que você acha?
    A outra questão é antes e depois do ginasio o que devo comer? Faço 2/3x por semana após o trabalho (18h) e as vezes como só uma banana para não estar a comer pão, só que a meio da aula começo a sentir me fraca (quase a cair pro lado). O que devo comer entao? Quando chego a casa janto carne ou peixe com salada! Ou senão ovos mexidos. Aqui acho que estou bem!

    Mais uma vez muito obrigada pela informaçao!

  38. Parabéns pelo texto, Pedro, muito interessante.
    Infelizmente, acho que o problema vai muito para além da desinformação…
    Qualquer pessoa a quem perguntarmos vai saber dizer que um bolo é uma má opção. E ainda assim, os bolos vendem-se, o que quer dizer que muita gente, mesmo sabendo que está a fazer mal, os compra.
    Termos consciência do que é uma má escolha alimentar é um bom princípio, mas não chega! E honestamente não sei como se poderia contornar a situação…

  39. Aqui no Brasil as pessoas que tem grande atividade de treino em academia optam por ingerir batata doce cozida e um proteína (peixe ou frango). Esta é uma boa dieta?
    Grato

  40. Olá, primeiramente gostaria de te parabenizar pelo artigo.Tenho uma pergunta, pois creio que não foi citado assunto no artigo:
    Estou com a intenção de ganhar peso, pois sou ectomorfo e faço musculação.Pelo o que sei, minha dieta deve ser a base de carboidratos ( batata doce,macarrão, arroz, etc ) e proteína. Porem quando li este artigo fiquei confuso. Pela sua opinião nossa dieta tem que ser bastante restrita de carboidratos( foi o que entendi pelo menos ) mas isto vale até para quem quer ganhar peso? Pois não me preocupo em ganhar junto massa gorda. Tenho 1,71m e 60kg e 22 anos. Que tipo de alimentos devo focar para minha intençao?.
    Obrigado

    • Olá Felipe,

      Não deve ser “restrita” em hidratos de carbono, mas sim “controlada” em hidratos de carbono. O meu conselho é que foque a sua ingestão em hidratos de carbono saudáveis, tais como tubérculos e raízes, previsivelmente em maior quantidade por ser ectomorfo.

      Cumprimentos.

  41. Queria dizer-lhe que gostei do artigo. Bastante até. E partilhar que tenho pena que não seja rápida a construção de uma nova pirâmide dos alimentos e que essa não seja divulgada nas escolas com mais eficiência. Estas crianças de agora serão os adultos potencialmente doentes da amanhã. Eu também já perdi peso com dieta inibidora de hidratos de carbono de “origem branca” e posso dizer que numa primeira fase perdi 16kg e numa segunda, há pouco tempo, outros 7. Mas sou uma super fã de pão, como qualquer português/a, e de vez em quando lá dou por mim a “derrapar” 😀 😀 😀
    Obrigado por esta exposição.
    C

    • Rafael,

      Além do maior risco de contaminação bacteriana, os ovos crus podem prejudicar a absorção de biotina (Vit. B7), devido à ação da avidina (a proteína contida na clara). E a Vit. B7 tem um papel importante na produção de energia, síntese de ácidos gordos, no metabolismo da leucina e na replicação do DNA.

      Cumprimentos.

  42. Olá Pedro,
    Li o seu artigo e gostei imenso. Acho que muitas coisas foram viradas ao contrário… mas algumas já sabia. Parabéns.
    Sou arquitecto mas gosto muito de saber sobre nutrição e tomo bastante cuidado com a alimentação que faço. Não consegui ler todas as perguntas e respostas e desde já lhe peço desculpa se já respondeu a esta pergunta. Por falta de conhecimento, sempre liguei a Frutose aos “açúcares” da fruta e portanto achava que era saudável. Pelos vistos um grande disparate. Pode esclarecer melhor o que é a frutose?
    Gostava ainda que nos ajudasse enumerando algumas gorduras que considera boas.
    Obrigado
    Forte abraço.

  43. Antes de mais parabéns pelo seu excelente artigo. Precisamos de mais informação deste género a circular pelos meios de comunicação.
    Permita-me apenas um pequeno apontamento (que é quase outro artigo.. ☺): Concordo que vivemos numa sociedade de excessos e consumimos uma quantidade excessiva de hidratos (e de tudo), mas, uma alimentação baixa em hidratos de carbono não significa uma alimentação sem hidratos de carbono. É importante deixar bem claro que precisamos de hidratos de carbono às 3 refeições (pequeno almoço, almoço e jantar). Afirmações que encontro no seu artigo do género : « O limite inferior de hidratos de carbono compatíveis com a vida, aparentemente, é zero… » ou «Os hidratos de carbono não são alimentos essenciais na nossa dieta…Vou repetir, os hidratos de carbono não são alimentos essenciais na nossa dieta. », «Não existe uma necessidade fisiológica para consumirmos hidratos de carbono. » , são incorretas e até perigosas, na medida em que induzem as pessoas em erro e a pensar que podem abdicar destes nutrientes indispensáveis à vida. O estilo de alimentação dissociada Sheltoniana já provou dar maus resultados a médio prazo.
    Passo a explicar:
    Porque é importante uma refeição EQUILIBRADA? (proteína + vegetais (crus sempre que possível)+ hidratos de carbono)
    Há 2 hormonas segregadas durante a digestão: a insulina e o glucagon.
    A insulina segregada devido à presença de hidratos de carbono, vai fazer com que haja um segregação proporcionalmente menor de glucagon. A insulina vai assim, não só metabolizar os glúcidos, mas também permitir a passagem de glucose, de ácidos gordos e de aminoácidos, através das membranas celulares, ou seja alimentar as nossas células. A insulina é responsável pela permeabilidade da membrana celular que permite a alimentação da célula.
    Quando não há presença de hidratos de carbono (farináceos, feculentas, arroz, etc..) à refeição, há uma inversão do rácio insulina/glucagon. Estamos agora perante uma segregação insuficiente de insulina e uma segregação proporcionalmente maior de glucagon. Resultado: devido à presença insuficiente de insulina no sangue, os aminoácidos e os ácidos gordos (glicerol) não poderão assegurar uma alimentação celular correta, porque poucos conseguirão atravessar as membranas celulares.
    Fala no seu artigo da NEOGLUCOGÉNESE.. dizendo que o nosso organismo é capaz de produzir glucose a partir de glicerol. Sim, é correto, e é precisamente o que acontece quando não temos hidratos suficientes à refeição. Uma das funções do glucagon é precisamente ativar a neoglucogénese hepática.
    Mas vamos analisar mais detalhadamente essa informação:
    O glucagon ativa a neoglucogénese hepática, ou seja, a capacidade dos hepatócitos, ou células hepáticas de produzir glucose a partir de substratos lipídicos e proteicos. O que acontece é que o próprio glucagon, o glicerol (da digestão dos lípidos) e os aminoácidos (da digestão das proteínas), vão ser transformados em glucose ao nível do fígado. Consequentemente, haverá uma malnutrição proteica, apesar de termos ingerido quantidades suficientes de proteínas… Os riscos e os danos a médio/longo prazo são óbvios…
    Conclusão: Para manter o equilíbrio nutricional, precisamos de ingerir hidratos de carbono 2 ou 3 vezes por dia. Se assim não for, o corpo, tendo uma NECESSIDADE VITAL de glucose (hidratos), vai usar alimentos proteicos e lipídicos para a fabricar. (É, aliás, este fenómeno que permite jejuar).
    Os HIDRATOS DE CARBONO são ESSENCIAIS para uma nutrição equilibrada. Os hidratos de verduras e frutas não são suficientes para um bom desempenho nutricional. Urge sim REDUZIR as quantidades de hidratos por refeição, mas NUNCA, eliminá-los da nossa alimentação.
    Não gosto de utilizar o termo dieta, porque está normalmente associado a privações e alguém que queira perder peso ou simplesmente alimentar-se melhor, não precisa de se privar de nada. A privação leva a descompensações que mais tarde ou mais cedo serão compensadas em exagero… Pode perder-se peso sem privações, basta combinar bem os alimentos (individualizando alguns pormenores do plano nutricional quando necessário) e reduzir quantidades e a frequência com que se come (não comer entre as refeições, permitindo à nossa energia vital ocupar-se de outras tarefas além da digestão).
    Hoje em dia há todo o tipo de dietas e métodos para perder peso, que revelam a médio prazo, ser muito prejudiciais e perigosos.
    Essencialmente, precisamos e estamos preparados para comer de tudo.. com moderação.

    Obrigada.
    Liliana Macedo, Aromaterapeuta Clínica
    http://www.sinergiaessencial.com

    • Olá Liliana,

      Muito obrigado pelo comentário.

      Sinceramente não estou a ver como é que isto que diz pode acontecer: “Quando não há presença de hidratos de carbono (farináceos, feculentas, arroz, etc..) à refeição, há uma inversão do rácio insulina/glucagon. Estamos agora perante uma segregação insuficiente de insulina e uma segregação proporcionalmente maior de glucagon. Resultado: devido à presença insuficiente de insulina no sangue, os aminoácidos e os ácidos gordos (glicerol) não poderão assegurar uma alimentação celular correta, porque poucos conseguirão atravessar as membranas celulares.”

      Tem alguma referência que sustente esta sua afirmação de que a alimentação celular seja comprometida e que sejam necessários hidratos de carbbono dessa espécie?

      A proteína também estimula a produção de insulina mesmo que seja em menor quantidade que os hidratos de carbono. Além disso, não estou a ver em que medida a insulina é absolutamente essencial para que os aminoácidos, ácidos gordos e até glucose sejam captados pelas células (com excepção dos miócitos e adipócitos no caso da glucose).

      Também discordo de outras coisas que diz mas penso que no artigo essas questões já foram abordadas.

      Cumprimentos.

      • Olá Pedro,

        Como disse acima: quando não há quantidade suficiente de hidratos à refeição, há uma segregação insuficiente de insulina, e “A insulina é responsável pela permeabilidade da membrana celular que permite a alimentação da célula.” e “Os hidratos de verduras e frutas não são suficientes para um bom desempenho nutricional.”
        Aqui ficam algumas referências acerca deste assunto (infelizmente não tenho nenhuma em Português):
        “Nutrition Métabolismes et Diététique “, G. Tchubroutsyi, B. Guy-Grand;
        “Diététique de l’expérience”, Dr. Robert Masson;
        “Ecosystème Intestinal et Santé Optimale”, Dr. G. Mouton.

        No livro do conceituadíssimo naturopata Robert Masson, poderá também ler mais acerca dos perigos a médio/longo prazo das dietas dissociadas Sheltonianas (sem hidratos). Aconselho vivamente essa leitura, que infelizmente ainda só está disponível em Francês (é uma pena que a maior parte das pessoas não possa aceder a informação em várias línguas, o que atrasa a divulgação de informação..), mas que ajudarei a traduzir em breve.

        Obrigada mais uma vez.
        Liliana

  44. Bom dia Pedro,eu concordo com tudo o que aqui vem relatado,defendo todos os dias estes princípios junto da população onde exerço a minha atividade profissional,trabalho como personal trainer e instrutor pilates no PNHC, o futuro na nossa área passará sempre pelo que eu classifico de treino integraa multidisciplinaridade

    • Treino esse que passa pela avaliação quer do profissional do exercício mas tambem do nutricionista e se necessário psicólogo fisioterapeuta e podologista ortopedista,todas estas especialidades estão destinadas a colaborarem juntas no futuro,para que o treino tenha sucesso,se isso nao acontecer descredibiliza-se todas perante a opinião dos utentes.

      • FIca com o meu mail e qualquer debate/reunião sobre estes temas eu estou sempre disponível,
        melhores cumprimentos

  45. Caro Pedro Correia,

    Quero antes de mais felicitá-lo pela realização do trabalho que nos expôe.

    Contudo, os argumentos que nos apresenta parecem-me ser contrários a tudo o que pude constatar até aos dias de hoje. Alguns pontos no seu texto me parecem absolutamente descoordenados com a realidade e a história da humanidade.

    A minha discordância insurge-se sobretudo em dois pontos fundamentais em que é baseado o seu artigo de opinião, pois apesar de citar várias fontes e muito bem, não parece olhar esta questão com a observância necessária de um fenómeno que nos é particular a todos, e não uma qualquer experiência de laboratório em que apenas alguns cientistas possam tomar conhecimento. De facto, todos temos um organismo e todos nos alimentos, e é realmente nessa condição de espectador interessado que se assume no início do seu texto aqui partilhado.

    O exercício cardiovascular e os hidratos de carbono.

    Enquanto profissional de exercício físico que se assume, não entendo como chegou às conclusões aqui reiteradas.
    Refere que um treino de força queima mais calorias e portanto ajuda a emagrecer de forma mais efetiva do que um treino cardiovascular. Esta é realmente uma grande novidade para mim! Além de ter podido observar em mim e noutros, o resultado que vários tipos de treino resultam no corpo humano, devemos também fazer observações simples e gerais sobre aquilo que os estereótipos nos mostram. Se não vejamos, observemos um atleta de corrida de maratona e um atleta de lançamento de peso, o atleta de maratona é bastante magro e faz um treino cardiovascular de corrida “endurance”. Já o atleta de lançamento de peso faz um treino de força! Não há nada de propriamente magro num atleta desse tipo, pelo contrário.

    Agora vejamos a questão dos hidratos de carbono. e aqui vou apelar aos seus conhecimentos de história da humanidade, sim uma ciência também que pode ser corroborada por séculos de existência humana.
    O pão sempre foi a base da alimentação ocidental e médio-oriental, o arroz é a base da alimentação do povo chinês desde há muitos séculos. Não há indícios de problemas de obesidade no passado ocidental, nem me recordo do povo oriental ser visto como um povo obeso, antes pelo contrário.
    Mas basta recuarmos ao tempo dos nossos avós para perceber que a sua dieta era rica em farinhas, o pão mais uma vez era a base da sua alimentação.

    Todavia concordo em absoluto que a introdução em excesso do açúcar na nossa alimentação, acompanhado de demasiada comida altamente processada, são de facto as causas para a obesidade que se assiste. Combinado com a falta de esforço físico que a sociedade moderna nos proporciona na nossa locomoção e trabalho diariamente, o organismo humano fica exposto a um fácil desregulamento.

    Gostaria de o alertar para a questão da doença celíaca e das condicionantes que dela advêm.
    O celíaco é alérgico ao glúten, por isso as farinhas, as massas em geral não podem fazer parte da sua alimentação, o que significa uma dieta pobre em hidratos de carbono.
    O doente celíaco debate-se não pelo excesso de peso mas pela sua perda, dificuldade em manter o seu peso ideal.

    Mais grave do que o excesso de aumento de peso na nossa saúde, é o excesso de perda do mesmo. Um corpo subnutrido não tem resistências suficientes para combater as adversidades a que é exposto.

    Por isto podemos concluir que toda a alimentação é boa, uma necessidade básica, sem ela não funcionamos. Devemos depois distinguir a boa da má alimentação, de forma geral basta que nos afastemos dos alimentos altamente processados e ingeri-los no seu estado mais natural, evitando os condimentos em excesso, sejam eles o sal, o açucar, os picantes, etc…

    Gostava de referir que sou um indivíduo do sexo masculino com 35 anos de idade, 1,72 metros de altura e 64 kg de peso. Tenho uma dieta rica em hidratos de carbono, o pão é a base da minha alimentação e o treino cardiovascular foi sempre o ponto do meu equilíbrio.
    A tradicional pergunta do médico questionando se sou saudável, é respondida com um 100% SIM.

    Mas em minha opinião a razão de existir tantos argumentos e estudos nesta área prende-se pelo simples facto de que não existem dois organismos iguais embora o corpo humano seja genericamente igual. Por esse facto os resultados são tão variáveis e cada organismo deve procurar aquilo lhe faz sentir bem, utilizando simplesmente as bases que sustentam uma vida saudável, uma alimentação regrada (comer apenas pela necessidade fisiológica) e exercício físico regular. Simples!

    Um bem haja a todos os que aqui procuram melhorar a sua saúde e especialmente ao autor por nos avivar o interesse nestas questões que nos são tão importantes.

    Atenciosamente,
    Romeu Leite

  46. Olá Pedro, desculpa o incomodo mas houve um ponto que não referiste, que são os alimentos como o grão de bico e o feijão. Qual é a tua opinião sobre eles e as suas proteinas?

  47. Fantastic news to read this from Portugal! I’ve been LCHF for more than 10 years now, and I’m watching the snowball that is growing and growing here in the UK and in the States concerning this information. We live in exciting and frustrating times as the old dogma is still being pedalled by those we trust. I was always so impressed by the treatment my ex -partner’s father, who was T2 diabetic, was given from his doctor in Seixal = no fruit, no wine, no bread, no potatoes, no pasta. He lost so much weight and became fitter and fitter. Not like my poor dad over here in the UK who just got illler and illler following his NHS advice. Was very impressed by the Portuguese medical advice, light years ahead of here !!

  48. Olá Pedro, li todo seu artigo e gostei muito parabéns, em dezembro de 2013 comecei uma dieta rica em proteínas e menos (praticamente zero de carboidratos) hoje início de fevereiro eliminei 16 kg, lembrando que de vez em quando faço uma caminhada, concordo com o que li plenamente e recomendo as pessoas que estão com excesso de peso, só tenho uma dúvida que ainda não entendi ou não li, quanto as frutas, como devemos fazer para não exagerar, abraços.

    Até mais,

    José Marcelino

  49. Olá Pedro!
    Gostei imenso do artigo e vou procurar seguir os seus posts.
    Há uma afirmação que eu gostaria de salientar,particularmente:o açúcar é terrívelmente viciante-sinto-o na pele.Como proceder para iniciar/finalizar a respetiva cura?

    Obrigada!
    Dina Ferreira

  50. Olá boa tarde,

    No que respeita ao exercício físico gostava de lhe colocar uma questão.
    Faço, 6 dias por semana, o seguinte treino: Como tenho uma boa passadeira em casa faço 45 minutos de corrida intervalada com 5 minutos de corrida (até atingir 12,5 Km/h) e 1 mt de caminhada a 6,5 Km/h e por norma intervalo aos 30 e 35 minutos paro e faço 6 séries de abdominais ou agachamentos ou braços… Como já faço este treino à uns meses, sem nenhuma perda de peso, gostava de lhe perguntar a sua opinião, sendo que o que mais gosto de fazer ao nível do exercício físico é a corrida.
    Desde já obrigado

  51. Muito interessante. Não fazia ideia dos avanços na mais conhecida pirâmide dos alimentos. Acho que só temos de a inverter 🙂 mas já agora será que podes facultar um exemplo de uma dieta diária para ficar mais esclarecida. A ideia de comer proteína e gordura ao pequeno almoço ainda me aza confusão :/
    Obrigada

  52. Boa noite, aproveito para dizer que achei o artigo muito interessante e realmente dá que pensar, porque explica muitos dos fenómenos observados e que não se sabem explicar… Como por exemplo eu ter um colesterol elevado no entanto não abusar dos alimentos que “aumentam” o colesterol; ou por exemplo as pessoas que comem pouco, comem alimentos “saudáveis” e são vegetarianas mas no entanto engordam… Entre muitas outras.
    Cada vez mais me questiono quanto a isso uma vez que alguns estudos dizem que não se devem comer produtos animais, outros que não se devem consumir alimentos que contenham glúten, outros afirmam exatamente o oposto… Tenho portanto uma questão, o que é suposto consumirmos?

    • Possivelmente, deveremos consumir aquilo que os nossos antepassados consumiam antes de nos tornarmos sendentários, carne, peixe, vegetais e fruta.. Tudo aquilo que a agricultura veio introduzir em grandes quantidade e que, supostamente, não consumiríamos nas quantidades que atualmente temos disponíveis, até hà 10.000 anos atrás. Evitar por exemplo, leite, cereais, arroz etc. Como regra geral, tudo o que é cultivado, à excepção de vegetais, frutas e frutos secos. Faça uma pesquisa pela dieta paleolítica para mais informações.

  53. Lamentável ver um artigo enganador, DISFARÇADO de “científico”. Pretende “desenganar” e no entanto engana ainda mais. Recurso a casos anedóticos e argumentos sem justificação lógica e sem referencias a estudos científicos. Um óptimo trabalho mas de desinformação!

  54. Boa tarde!

    Li hoje o seu post e gostava que desse uma vista de olhos ao filme cujo link coloco abaixo e desse a sua opinião, nomeadamente, sobre se considera que pode ter alguma implicação para as suas conclusões:

    Cumprimentos

    • Bastantes, aliás, para quem tiver que comer fora de casa e tentar evitar as cadeias de fast-food, será praticamente obrigado a fazer uma alimentação muito próxima da recomendada pela pirâmide/roda dos alimentos.
      Nomeadamente com muitos hidratos, quantidades médias/baixas de gordura e quantidades médias/baixas de proteínas.
      Sendo que isto acontece, na minha opinião, não só pelas características da cozinha tradicional portuguesa, mas, também, porque os hidratos (arroz, batata, massa e açúcar) e gorduras (principalmente os óleos), são relativamente baratos, e, as fontes de proteína (maioritariamente a carne e o peixe), são bem mais dispendiosos…
      Como tal, se tentar comer em restaurantes/bares/cafés/pastelarias, ver-se-á confrontado frequentemente com opções de pequeno-almoço/lanche como bolos/torradas e sumos, opções de almoço/jantar como arroz de …, febras na brasa/bitoque (com pouca carne relativamente à quantidade de batatas e arroz que acompanham), etc.

  55. Parabéns pelo artigo! Sempre fui muito magra (1.6m, 45kg) até deixar de fumar (há 3 anos). Após algumas variações de peso estabilizei nos 52kg. Tenho tido a preocupação de me alimentar correctamente, sopa, salada, ovos e carnes “do campo”, mas agora (graças a este artigo) descubro que cometo um erro, consumo muitos hidratos de carbono e lacticínios (muita massa e queijos), vou tentar corrigir e substituir por oleaginosas. Apesar de ser “agarrada” às massas não concebo substituí-las totalmente, nem consigo imaginar um substituto à altura. Deve-se evitar até tartes, pizzas, ou massa folhada caseiras? E em relação aos ovos e carne, basta serem “biológicos”? Como podemos assegurar que são de qualidade?

    • Obrigado Ana.

      Respondendo à primeira pergunta sim, em relação aos ovos e carne, é tentar fazer melhores opções e os biológicos, à partida, serão melhores. Para assegurar a sua qualidade, só analisando em laboratório e/ou saber como é que são alimentadas e como vivem as galinhas e as vacas.

      Cumprimentos.

  56. Olá,
    eu sou enfermeira e fiquei muito surpresa com toda esta informação e muito preocupada. Como profissional de saúde fico alarmada por pensar que aquilo que “aconselhamos” os utentes fazerem na alimentação não esteja correto….
    Teria muitas questões, mas a principal seria que fibra aconselharia a um diabético tipoII, se não tiver dinheiro para comprar peixes selvagens e carnes de pasto qual a melhor opção?? Se têm que reduzir aos hidratos de carbono(isso já tentamos fazer) o que seria ideal para acompanhar uma peça de fruta, por exemplo(para diminuir absorção da frutose, meio pão ou bolachas e de que tipo???). Estou mesmo interessada tendo em conta estas novas orientações muitas das coisas que aconselhamos não estão corretas. E isto é apenas uma pequenina parte. A diminuição da gordura….sei lá tanta coisa que me parece fazer sentido mas que depois no dia a dia não são fáceis de alterar.
    Por exemplo, li num artigo que em Harvard estariam a pensar fazer uma proposta para alterar a pirâmide dos alimentos, seria esta a alteração?? Uma das coisas que retive foi que o leite de vaca não deve ser consumido, apenas derivados. Porque tem muita quantidade proteica e a “acidez” que provoca na sua metabolização desencadeia várias alterações que impedem a absorção do cálcio e até pode mesmo ajudar a reduzir a quantidade de cálcio nos ossos….Claro não tomando leite, pensava eu que se substituiria por sumos de fruta(naturais ou por exemplo o Compal) mas agora não sei se isto estará correcto.
    Bons artigos!!! Muita qualidade e super actuais.
    Margarida

    • Olá Margarida,

      Obrigado pelo comentário.

      Em relação à proteína (penso que é isso que me quer perguntar), tem outras opções mais baratas como ovos, sardinha, carapau, frango, peru.

      Pão, bolachas, massas, cereais, arroz, pizzas, bolos, e todos os hidratos de carbono de má qualidade (mesmo os integrais) não deveriam fazer parte da dieta de um diabético (e, na verdade, não acrescentam nada a uma pessoa sedentária que pretende ser saudável).

      Em relação à questão do leite de vaca, também já abordei essa questão no blogue: https://pedrocorreiatraining.wordpress.com/2013/09/25/ainda-pensa-que-o-leite-e-um-alimento-saudavel/. A Universidade de Harvard retirou o leite da sua pirâmide alimentar há alguns anos atrás, apesar de ter sido um passo bastante importante, ainda não considero que esta seja a ideal.

      Sumos de fruta e qualquer outro tipo de bebida açúcarada (refrigerantes) para um diabético é igual a veneno. O melhor é beberem água e/ou chá.

      Espero que ajude.

      Cumprimentos.

  57. Olá Pedro,

    no comentário anterior acho que não me expliquei bem.
    Apesar de tentar idealizar uma dieta para um diabético…ainda não sei se estaria a fazer correctamente segundo estas novas orientações. Por exemplo como substituiria os Hidratos de carbono nas refeições (ou se só diminuiria a quantidade, facto que já fazemos). Se comerem uma peça de fruta deveriam acompanhar com o quê para evitar absorção total da frutose.

    Quando me referi à substituição do leite por sumo de polpa de fruta referia-me a um utente não diabético, claro, sumos açucarados não são de certeza aconselhados por mim nem por ninguém, acho eu.

    Obrigada pela resposta e pelos seus trabalhos apresentados. Gosto muito!!

    Margarida

  58. O que li aqui correlaciona perfeitamente (está de acordo) com outros artigos de opinião e científicos que tenho vindo a ler.

    A maior parte do que está escrito parece ser, infelizmente, verdade. Mas a boa notícia é que agora que temos mais conhecimento sobre o que realmente é bom e mau para a nossa saúde podemos tomar decisões para a melhorar. E estamos perfeitamente a tempo de reverter todos os efeitos nefastos que temos vindo a acumular no nosso corpo.

    Bem haja Pedro, especialmente porque não escreveu este artigo para vender qualquer produto, mas sim para informar a sociedade. Precisamos de mais pessoas como você.

  59. Obrigada pela resposta e pela partilha.

    Os conhecimentos só fazem sentido se os podermos transmitir a outros.

    Fico de certeza mais enriquecida para transmitir também.

    Poderei assim tentar alterar alguns maus hábitos, se assim podemos chamar.

    Ficarei atenta às novidades.

    Margarida Pereira

  60. Boa noite, em que factos se baseou para afirmar que um trabalho anaeróbio garante maior perda de massa gorda do que um trabalho aeróbico? Não será muito inseguro através de um estudo afirmar este facto quando maior parte dos fisiologistas desportivas comprovam o contrario? Refiro-me ao treino mais eficaz, defendendo o treino aeróbio como meio para perder maior taxa de gordura.

  61. Olá Pedro
    obrigado pelo bom artigo, dá para perceber que existe bastante empenho e vontade.
    Gostaria de lançar sementes nalguns pontos que considero essenciais.
    Em relação a aminoácidos essenciais nos passados anos parece que reduziram de 9 para 6. Quando se refere proteína como contendo os aminoácidos essenciais, poderá ser importante salientar a proteína animal e vegetal e a presença de todos os aminoácidos essenciais na proteína vegetal quando obtida de diferentes fontes.
    Parece-me que no que toca a alimentação ainda estamos a dar passos de bebé no que toca à compreensão. Penso advir daí a razão do constante ping-pong nesta área. Fundamentar algo a nível científico com casos de estudo e provas parece ser algo cada vez mais simples, a compreensão do relativismo destas diferentes provas parece ser algo velado. Gostei muito deste artigo e li-o atentamente. Tenho vindo a interessar-me e a estudar nesta área nos últimos 14 anos e tenho vindo a passar por vários estágios e crenças diferentes, em cada uma sempre assistido por provas e comprovações científicas que iam caindo com o tempo, face a outras ou simples constatação e experiência pessoal.
    Gosto especialmente do teu artigo, porque começa a abanar algumas crenças instituídas por outro lado, também a cria a base para outras. É normal, requer apenas que se tenha atenção para evitar isso mesmo. Tem também o mérito de começar a apontar para a distinção e a relação/proporção. Existem dois equívocos muito comuns e poderosos em relação a alimentação: o primeiro é de que se reduz a nutrição e nutrientes, o segundo de que é um “combustível” e bastando estudar o que o compõe e a interacção com as peças do nosso corpo que é uma máquina (outro equivoco). Enquanto estes paradigmas se mantiverem todos as conclusões (mesmo as baseadas em estudos científicos) irão sair bastante enviesadas.
    Um padrão que me começa a parecer mais ou menos evidente é o do que a condição humana não se reduz a uma dieta ajustada. Parece haver na carta várias dietas/menus completos.
    Assim uma dieta saudável tendo na base proteínas e gorduras poderá revelar-se bastante ajustada numa variedade de situações, condições, populações e ambientes.
    Assim uma dieta saudável não tendo na base proteínas e gorduras poderá revelar-se bastante ajustada numa variedade de situações, condições, populações e ambientes.
    Parece-me de especial importância compreender os dois parágrafos anteriores para subtilmente evitarmos os dogmas e continuarmos a mover-nos neste mistério que é a alimentação do ser humano.

    • Essa será, porventura, uma das falhas da dieta Paleolítica… Aparentemente, diferentes populações, gozam de condições de saúde ótimas, quando sujeitos a protocolos alimentares bastante diferentes. É o caso dos “Inuit” relativamente à população chinesa, muita proteína e gordura versus muitos glúcidos.
      Na minha opinião, isso sugere que terá havido, contrariamente ao defendido por alguns proponentes da Dieta Paleolítica, algum nível de adaptação das diferentes populações, ao tipo de alimentos predominantemente disponíveis nas diferentes zonas geográficas do globo… E mesmo dentro de cada população não sei até que ponto é que não haverá alguma variação…

      • Tal facto, parece-me, ajudará a explicar a quantidade de estudos, na área da nutrição, os quais apresentam resultados completamente contraditórios… Procuram identificar a dieta ideal, a solução universal, a qual não me parece que exista, porque cada indivíduo apresenta diferentes níveis de adaptação a certos alimentos, bem como a certas proporções em termos dos diferentes nutrientes, consoante a herança genética que lhe calhou.
        Desta forma, o mais prudente será tratar cada indivíduo como sendo único, procurando identificar, ao nível da nutrição, as especificidades que o caracterizam.

      • Miguel Fonseca,

        Isso não é uma falha da Dieta Paleolítica, mas sim uma falha de interpretação da maior parte do público daquilo que constitui a composição das várias dietas dos nossos ancestrais e de vários povos primitivos. Quem investigou estas coisas e quem estudou o conceito do Paleolítico sabe que a composição dos macronutrientes variava em função dos alimentos que estavam disponíveis. Por exemplo, os Inuit e os Masai comiam uma dieta rica em gordura (os Masai cerca de 60-70% e os Inuit cerca de 90%), enquanto que os povos de Okinawa e Kitava comiam cerca de 60-70% das suas calorias na forma de hidratos de carbono. O que parece, de facto, impossível, é dizer que uma dieta Paleo é low carb ou low fat, sem especificar os povos de que estamos a falar.

        Quanto à ótima dieta para cada um, não me parece haver maneira de responder a essa questão de forma defnitiva, precisamente porque a variação de indivíduo para indivíduo é muito grande e será sempre preciso atender à sua bioindividualidade funcional.

        Cumprimentos,

        Pedro

      • Lamento, não encontrei a referência e tendo-a visto faz uns anos, não me recordo onde. Talvez no livro “China Study” de T. Colin Campbell, não tenho a certeza e ofereci o livro faz uns anos. Enfim, uma treta. Encontrei apenas algumas referências a oito aminoácidos essenciais em vez de nove. Embora nenhuma me parece-se minimamente conclusiva.
        Encontrei este artigo interessante: http://michaelbluejay.com/veg/protein.html
        Nada diz sobre o número de aminoácidos essenciais, por outro lado refere de uma forma bastante ilustrativa a questão da proteína completa.

        Um abraço e boa páscoa

      • Caro Pedro,

        Folgo em saber que existe essa grande flexibilidade, da parte de quem estuda estes assuntos, de não se deixar cair no erro da “solução nutricional universal”. Decididamente não me parece que tenha seja esse o caminho. Tem toda a razão naquilo que disse, a Dieta Paleolítica é um conjunto de orientações, linhas gerais, as quais dão uma certa “margem de manobra” para a forma como as implementamos, o que poderá fazer variar grandemente a percentagem dos diferentes macronutrientes.
        O que eu aprendi acerca da Dieta Pleolítica, fora aquilo que costumo ler na net, foi através do “Paleo Solution” do Robb Wolf, e, as opções oferecidas pelo autor, relativamente aos hidratos de carbono são, na melhor das hipóteses, limitadas. Temos, essencialmente, as frutas, a batata doçe, o inhame e a mandioca…
        Curiosamente, à excepção da fruta, nenhum dos restantes aimentos é originário da península ibérica, nem sequer da Europa, logo, a probabilidade dos meus antepassados terem comido tais coisas, parece-me relativamente baixa. Se a isso acrescentarmos o facto de o meu organismo não conseguir tolerar as batatas (doçes ou não) e a mandioca/inhame, eu fico bastante limitado em termos de hidratos. Das duas uma, ou como fruta em qunatidade para assegurar as calorias (com a consequente quantidade de frutose) ou então tenho que começar a funcionar em cetose, nenhumas dessas opções me parece ideal para desempenhar no meu melhor no meu desporto…
        Então, de certa forma, a Dieta Paleolítica, se seguida de forma estrita, pelo menos em casos como o meu, poderá ser forçosamente Low Carb, a menos que seja feita uma conceção relativamente ao consumo de arroz (que aprentemente tolero bem), o que, certamente, fará certos “puristas” da Dieta torcer o nariz, o fundo era a esses que me referia no meu comentário anterior.
        Parece-me que a população chinesa se adaptou não só a esse alimento do neolítico, mas também ao grande consumo de hidratos que o mesmo acarreta e pergunto-me o que aconteceria à saúde dessa população se, o consumo de arroz fosse substituido pelo consumo de batata/inhame/mandioca…

    • Pelo que já verifiquei existe no final uma interpretação comum e aceita por todos que na natureza não existe fontes de alimento ricas em gorduras e carboidratos ao mesmo tempo. E, que, através da industrialização unimos os carboidratos e as gorduras em um único produto. Acho importante frisar que a ingestão das duas fontes simultaneamente leva a um acumulo de gordura corporal. E , que, essas fontes ingeridas separadamente e sempre acompanhada com proteínas e distribuída ao longo do dia permite mesmo com pouca atividade física a manutenção do peso e condição de saúde.

  62. é isso mesmo! Parecem existir padrões que emergem e que se tornam difíceis de ajustar por mais boa vontade que exista. Coisas como nutrientes inventados artificialmente, de um modo geral, parecem revelar-se desajustados à partida. A possibilidade de se ajustarem parece mais um jogo de roleta russa, que aparentemente temos vindo a participar nos últimos 60 anos. Depois existem esses outros casos. A interação de A com B por influencia de C e D. A correlação de C com B a afectar a relação de D com A e de A com A. Depois entra a genética, hereditária ou não hereditária e o grau de influência mais ou menos significativo quando comparado com a epigenética e aparentemente imutável que afinal mutável é. Se a isto tudo juntar-mos a ideia de que a própria alimentação não é um objecto de estudo hermético (por mais desejável que seja) e possivelmente afectada por ambiente, estados emocionais, estações do ano e outros amigos da festa… temos mesmo muito com que brincar. Muito sinceramente acredito mesmo que ainda estamos na fase do “baby steps”. Gostei muito das tuas respostas! demonstra muita sensibilidade e abertura! Bem hajas e mais hajam como tu!

  63. Tenho uma observação a fazer que complementaria o seu artigo, na minha opinião: a importância dos vegetais! Uma dieta muito rica em proteínas leva a uma acidez metabólica ligeira que apenas alimentos que originam alcalinidade conseguem reverter, nomeadamente vegetais e algumas frutas (não todas, as muito doces originam acidez). A água alcalina também poderá ser uma solução. Esta acidez, cronicamente, tem vindo a ser associada ao desenvolvimento de várias doenças crónicas e até mesmo ao processo de carcinogénese. Cumprimentos e parabéns pelo artigo!

  64. Esse é o tipo de texto que diz a verdade baseada numa premissa falsa, invalidando tudo que foi dito. É burrice pensar em perda de peso e deixar a saúde em segundo plano. Ninguém prospera numa dieta rica em gordura. Pode até emagrecer, mas sua saúde fica muito comprometida. Apenas convido os defensores dessa dieta a conhecer sobre a saúde e até mesmo observar a aparência dessas pessoas que inventaram tais absurdos que aqui foram escritos. Vale a reflexão, se VC atualmente esta tomando algum remédio, qualquer que seja, mesmo pra dor de cabeça, pressão, pra gases ou digestão, não importa, se VC toma remédio, VC não tem saúde. Pode ainda assim estar magro ou musculoso, mas não tem saúde. E sem saúde meu amigo, fale qualquer coisa, sua dieta não é diferente de nenhuma publicada em revistas.

  65. Pingback: O paradigma francês e o paradoxo americano | Crab Log

  66. Olá,

    Gostaria de saber se seguir um Jejum Intermitente cetogênico (consumo de proteínas e gorduras apenas nos intervalos em que me alimento) deve ser algo periódico ou posso seguir essa dieta para o resto da minha vida, sem pausas?

    Li bastante a respeito, tanto do IF como da Cetose, já fiz os dois,separadamente e por períodos curtos, como recomendado. Soube que manter os corpos cetônicos em alta por um longo período (mais de 30 dias), faz com que catabolizemos, por que a fonte de energia principal deixa de ser a gordura, e passa a ser a massa magra. Procede? Ou posso seguir com esse plano de Jejum intermitente cetogênico, com os meus treinos intensos diários?

    • Olá Hanna,

      Se se sente bem e se está controlar essa situação através de análises sanguíneas, nao vejo qualquer problema. Nós estamos perfeitamente adaptados a seguir uma dieta high fat, no entanto, pode não ser o ideal para si estar em cetose sempre, ainda para mais fazendo treino de força e/ou de alta intensidade.

      Cumprimentos.

  67. Muito importante esse assunto. Ja começo acreditar que esse é o caminho.farei como sugeres,confio em um resultado positivo..Obrigada pela valiosa informação

  68. Boa tarde, Pedro.
    Gostaria de lhe colocar uma questão relativamete ao glúten e na sequência deste seu artigo. Estive a ler informações sobre a doença celíaca e de repente apercebi-me que muitos dos sintomas que tenho há muitos, muitos anos, podem estar relacionados com uma intolerância ao glúten. Lembrei-me deste seu artigo porque fiquei a pensar se a sua afirmação de que as farinhas são prejudiciais, se deve ao seu conteúdo de glúten, pelo que deveremos privilegiar os produtos sem glúten (o que contribuirá para o bem-estar nutricional redução de obesidade que aqui defende), ou se afinal as farinhas, os cereais, são prejudiciais em geral e por outros motivos. Provavelmente ainda não terei percebido bem a sua questão, pelo que agradeço um esclarecimento. Obrigada e cumprimentos. Helena

    • Olá Helena,

      Deve-se sobretudo ao seu conteúdo em glúten (trigo, centeio, cevada, kamut, espelta) mas também é preciso não esquecer que algumas (arroz, milho) mesmo não tendo glúten têm elevado índice glicémico e um perfil de ácidos gordos pró-inflamatório (amêndoa). Se o objetivo é diminuir a obesidade, o melhor que tem a fazer é reduzir este tipo de farinhas e cereais. A farinha de côco é a melhor opção no que diz respeito às farinhas.

      Espero que ajude.

      Pedro

  69. Viva.
    Parabéns pela partilha deste excelente artigo.
    Vou ter que alterar muita coisa na minha alimentação. 🙂
    Seria possível me enviar um contacto
    de um nutricionista/dietista da sua confiança,
    por favor?
    Obrigado.

  70. Acabo de ler o seu belíssimo trabalho de investigação e análise sobre os mitos que vão enformando as nossas condutas quotidianas nas dietas alimentares! Obrigada pelos esclarecimentos e desmistificação de conceitos que prevalecem e que são, muito infelizmente, transmitidos a partir do ensino básico! Está na hora de emergir uma nova roda/pirâmide alimentar e que as instituições ligadas ao sector da saúde desempenhem, com competência (não subordinadas a interesses de outrem), a função de actualização de regras comportamentais que privilegiem a saúde individual e colectiva! Está na hora de valorizar a investigação feita nas últimas décadas!

  71. Olá boa tarde.

    Gostaria de saber com o que devo acompanhar a minha refeição. Isto é, se comer um bife ou uma posta de peixe acompanho com que? Massa e arroz são hidratos de carbono e depois restam as verduras que, pelo que fiquei a saber, também são hidratos de carbono. Normalmente à refeição, para substituir a massa e/ou arroz e/ou batata, consumo legumes, incluindo muita salada. De certo que são hidratos de carbono saudáveis, mas ao ingerir uma grande quantidade e todos os dias, também são uma opção saudável? Para além da fruta que consumo ao longo do dia, que é em grande quantidade, principalmente ao pequeno almoço. É que sempre cresci a acreditar que a fruta faz muito bem, e como imensa.

    Obrigada!

    • Olá Marta,

      Obrigado pelo comentário, pode comer com fontes de hidratos de carbono melhores como batata doce, inhame ou batata (sem casca). A quantidade vai sempre depender do seu estado de saúde actual e do seu nível de atividade física, quanto menor a sua atividade física menor a necessidade destes hidratos de carbono densos. Em relação à fruta, aplica-se a mesma coisa que disse antes.

      Espero que ajude.

      Cumprimentos.

  72. Boa tarde,

    Parabéns pelo excelente artigo, que li com gosto e com a maior das atenções. Mas ficam sempre dúvidas: o que comer durante o dia? Por exemplo, eu costumo comer iogurte magro (reparei que é adoçado com aspartame) misturado com flocos de aveia integral (100% aveia) duas vezes por dia (lanche a meio da manhã e lanche a meio da tarde). Já vi que estou a meter veneno dentro do organismo! E fico com fome depois de comer isto… mas o que poderá substituir? Não sei mesmo.

    E ir a um nutricionista? Já fui a um que me disse para cortar a 100% com as gorduras, e eu nem sou gordo, apenas uma barriguinha que começa a aparecer! 🙂

    Cumprimentos.

    • Olá Joao,

      Obrigado pelo comentário. Em vez do iogurte magro pode comer, por exemplo, o iogurte grego gordo (e até pode juntar umas oleaginosas), penso que será mais adequado. No entanto é importante ter em conta também aquilo que come e aquilo que faz no resto do dia.

      Cumprimentos.

    • Respondendo também ao João Gonçalves (se o Pedro me permite) posso falar por experiência própria: desde que comecei a fazer este tipo de alimentação sem cereais, sem açúcares, com mais gordura saudável, deixei de ter fome entre as refeições e fico bem com 3 refeições diárias (eu que não podia estar sem comer mais do que 3 horas e que achava que só o pão me tirava a fome!). Na verdade, sinto que efetivamente os hidratos me carbono me criavam compulsão (devido aos picos de glicemia e insulina) e agora, com as gorduras saudáveis (azeite, manteiga, óleo de côco, abacate…) e os níveis de insulina estabilizados, ingiro menos comida e nunca mais tive as ditas quebras de glicemia. Se, mesmo assim, sentir uma fominha, como nozes, ou iogurte grego natural/não açúcarado (com alguns frutos secos lá dentro). Espero que a minha experiência pessoal ajude. E acredite: eu era daquelas que dizia que era impossível viver sem pão!

      • Obrigado, Pedro e Helena! 🙂

        Apenas não concordo com a parte do iogurte grego, acho que é demasiada gordura (natas). Mas o iogurte magro realmente também não é a melhor opção, principalmente o de aromas, que contém edulcorantes / aspartamo adicionados. Vou optar pelo iogurte natural (meio-gordo), sempre sem açúcar. Mesmo o café, que eu tanto gosto, bebo sem açúcar, pois é assim que deve ser apreciado! 🙂

        Em relação a deixar de comer a aveia integral… também estou céptico, pois apenas adiciono o equivalente a 3 colheres de sopa ao iogurte, o que num dia dá 6 colheres de sopa de aveia integral. Como evito outros hidratos de carbono, penso que tenho aqui uma boa e saudável fonte de energia.

        Cumprimentos.

  73. Boa tarde, onde poderemos ver exemplos de refeições? Tem algumas informações para mulheres que estejam a amamentar? E a alimentação para um bebé de 1 ano? Como criarmos bons hábitos desde a primeira infância? Há muito a tendência para dar ao lanche um iogurte, uma bolacha… A sopa continua a ser algo a considerar nas nossas refeições? Obrigada pela informação.

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  75. Olá estive a ler o artigo e os comentários que achei educados e correctos.
    O meu caso é “especial” tive cancro do cego e retirei 2/3 do intestino grosso.Tudo correu bem e não fiz quimioterapia mas…os músculos abdominais cederam e tive de fazer nova cirurgia e meter uma rêde para estabilizar o abdomen. O cirurgião advertiu-me para a necessidade de perder peso, 180cm/89kg, o que fiz e em 3 meses cortando o pão,arroz, batatas e açucar cheguei aos 83kg mas há um mês que fazendo a mesma alimentação não baixo dos 83kg!!!
    Será que tem limite a perda de peso…lol
    Cumprimentos
    António

  76. Ola. Li o artigo e gostei bastante. Mas tive alguma duvidas. Eu sempre fiz desporto rwgularmente mas a má alimentaçao no que toca a doces e excesso de hidratos d ecarbono e bolachas fazia cair por terra o exercicio. Iniciei uma dieta ha cerca de dois meses e meio. Tinha 1,80m. e 93kg, e agora tenho 85kg. Reduzi um pouco a ingestao de hidratos de carbono, como 5 peças de fruta por dia,arroz, batatas e cereais e vegetais em abudancia, nozes , peixe e carne. Nao consumo leite nem doces, refinados, refrigerantes ou alimentos fast food. Mas consumo hidratos de carbono como arroz, batata e massa, cereais. O meu treino é atletismo 4 vezes por semana de uma hora e futebol uma vez por semana (isto de aerobio), de anaerobio faço musculaçao 3x por semana depois dos treinos de atletismo. No entanto eu tenho emagrecido mesmo consumindo hidratos de carbomno em boa quantidade. Nao tenho problemas em relaçao a inflamaçoes, doenças e sinto-me bem, cada vez mais magro e saudavel (de referir que eu consumo todos os dias de manha dois dentes de alho em jejum). Ou seja caso eu opte por ”zero hidratos de carbono” isso nao me ira trazer complicaçoes no que diz respeito á capacidade aerobia e capacidade muscular? Nao iria eu perder resistencia? Um atleta de maratonas consegue fazer os treinos sem consumir hidratos de carbono? E o que dizer sobre a populaçao de okinawa no Japao, que a base de consumo é arroz, vegetais e frutas , carne e peixe. Consomem hidratos de carbono e nem por isso sao doentes. Nao quer dizer que pelo facto de os homens do paleolitico nao tenham acesso a esses alimentos (arroz, massa feijao, batatas, cereais e grao) que nos nao o possamos consumir. Os exemplos de longevidade do mundo referem pessoas que sao magras, nao comem muito (apenas o necessario) e manten-se activos e comem hidratos de carbono, algumas ate comem pouca carne. Que dizer qual afinal a dieta que traga mais longevidade e saude ao ser humano? Outra questao que tenho é que o homem do paleolitico nao fazia exercicio aerobios, corria atras das presas mas nao fazia maratonas de uma hora, com o aparcimento dos hidratos de carbono o homem passou a ter mais energia e a fazer cardio, entao fazer cardio tambem é mau?
    O que eu penso é que as pessoas devem ter auma dieta equilibrada, esquecer produtos nao naturais( fast food refrigerantes doces açucar bolachas) e o leite, mas pode comer hidratos de carbono saudaveis ( arroz, massa batatas, cereais, frutas e castanhas), consumir carne epeixe e vegetais em abudancia, iogurtes, gurduras como azeite, nozes,… e manter-se activas.
    Em relaçao á roda dos alimentos, o leite deve ser retirado, a quantidadede hidratos ser um pouco menor mas nao zero e a quantidade de carnes, peixes e ovos aumwentar..
    O que acha? Desculpe os erros mas o teclado tatil nao é o melhor. Obrigado.

      • Mas acha que se nao consumir nada de hidratos de carbono terei defice de energianos treinos. Por exemplo pode um jogador de futebol nao consumir hidratos e mesmo assim ter a resistencia fisica que necessita? A batata doce é suficiente paa repor correctamente o glicogenio necesario? em okinawa tambem se consome arroz integral, e sim eu sei da batata doce.

  77. Olá Pedro. Parabéns pelo excelente trabalho, é um gosto ler o que escreve. Infelizmente, ainda existe muita informação incorreta dada por profissionais do desporto e da nutrição.
    No outro dia, numa daquelas consultas de nutrição de ginásio, a nutricionista dizia-me que eu consumia muito poucos hidratos de carbono e que eu tinha uma percentagem de massa gorda inferior ao intervalo desejável a uma mulher e que logo essa percentagem deveria ser aumentada. Tenho 52 kg, 17% de massa gorda e sou uma pessoa magra e saudável que faz desporto 3x por semana, treino de força, yoga e pilates e que pratica uma alimentação equilibrada. Ignorei completamente as recomendações sobre os HC, e pelo que li em estudos científicos sobre a percentagem de massa gorda nas mulheres, é considerado aceitável um valor até aos 12%. Gostaria de saber a opinião do Pedro sobre o assunto.

    Obrigada e cumprimentos!

    • Olá Andreia,

      Muito obrigado pelo seu comentário.

      Para uma mulher ter entre 15 e 20% de massa gorda já é muito bom, portanto se tem 17% com a sua idade, julgo que está no bom caminho. Para poder ganhar mais saúde no futuro, a sua jornada deverá passar por trabalho de mobilidade e de ganho de massa muscular.

      Cumprimentos e bons treinos!

      • Muito obrigada Pedro pelo seu feedback. Sempre treinei desde miúda, fiz natação de competição durante muitos anos e nunca deixei de fazer desporto. Portanto, é esse mesmo o caminho que quero continuar!
        Cumprimentos,
        Andreia

  78. Que prazer foi ler tudo isso. Na verdade, encontramos muito material de leitura sobre dietas low carb, porem, nada com introducao, desenvolvimento e conclusao. Gostaria de ressaltar, em especial, o que diz sobre o interesse economico em introjetar na mente dos consumidores o que a eles convem (como a absurda piramide dos alimentos-transgenicos-acucarados). Muito….muito bom mesmo. Gostaria de finalizar, dizendo que apesar de sempre ter sido extremamente ativa (trabalho, estudos, academia, muay tai) e ter acompanhamento endocrino e nutricionista, nunca consegui emagrecer nada. Iniciei uma dieta Atkins ha 3 meses e ja perdi 10 kg. De fato, e perceptivel o vicio no acucar nos primeiros 3 ou 4 dias…sintomas de abstinencia. Depois e tudo muito simples. Tinha uma dor constante no joelho, que ja nao tenho mais. A concentracao e memoria estao muito melhor. Me sinto muito mais saudavel. Obrigada por compartilhar conosco teus estudos.

  79. Prezado Pedro, sou leigo, tenho pesquisado muito, e vejo que o assunto continua carente de conclusões definitivas. O seu trabalho merece atenção, porque tem fundamentos e você soube organizar bem a matéria. Contribui muitíssimo com todos nós que estamos à busca de luz sobre temas como “colesterol” e outros. Parabéns!
    Como tenho nível alto de LDL, gostaria de saber como descobrir se é do tipo A ou B. Você pode me informar qual exame devo fazer? Muito obrigado!

    • Olá Marcos,

      Muito obrigado pelo comentário, deve fazer o teste de partícula do colesterol, se é do Brasil o melhor será procurar um especialista em nutrição funcional para lhe ajudar a interpretar os resultados desse e de outros testes que possam ser necessários.

      Com os melhores cumprimentos,

      Pedro

  80. Boa tarde

    Aqui à algum tempo, andei à procura de uma bebida isotonica, para beber durante os treinos (artes marciais), que me ficase mais barato do que comprar isostar em pó e misturar com agua, e a receita que vi foi:
    – 1 litro de agua
    – 3 colheres de sopa de açucar
    – 1 colher de chá de sal
    – sumo de limão para aromatizar
    Queria saber se realmente isto é correto, ou se há alguma coisa para mudar?

    Desde já obrigado

  81. Bom dia

    Sou praticante de desporto à bastantes anos, e comecei a encontrar soluçoes para substituir o isostar, e gatorade, pois começam a ficar um bocadinho dispendiosos. Encontrei uma “receita”:
    Num litro de agua juntar tres colheres de sopa de açucar, uma colher de chá de sal, sumo de limão ou laranja, para dar gosto.
    Não sei se as colheres são cheias ou razas, mas deduzo que sejam razas.
    O que gostava de saber é se realmente isto é correto ou não.
    Dede já obrigado

  82. Bom dia

    Antes de mais, queria felicitar pelo artigo, que é muito bom. Mas tenho uma pequena dúvida/questão, quando se fala uma dieta pobre em hidratos, qual será a quantidade máxima que se pode cinsumir? Um pão por dia? 250 gramas de arroz, massa ou batatas por semana? Só por uma questão de me poder orientar.
    Outra quetão, refere-se a uma professora de educação física (que tem um ginásio), que disse uma vez a uma senhora, que devia fazer muito cardio ( que segundo o outro post está errado) e esperar duas horas até poder comer alguma coisa. Eu tive conhecimento que a primeira meia hora após o treino é fundamental (pelo menos foi o que me ensinaram). Estará correcto, ou será que a profissional deverá pesquisar mais?
    Desculpa ser assim tão extensivo mas são duas questões que gostava de saber.
    Continua com o excelente trabalho.

    Cumprimentos

    • Olá João,

      Um dieta baixa em hidratos de carbono pode rondar os 100-120 gramas/dia mas este valor pode (e deve) ser ainda mais baixo no caso de pessoas com doenças metabólicas. Uma fatia de pão branco pode ter cerca de 15 gramas de hidratos de carbono, mas se leu o artigo já deve ter percebido que o pão é uma má fonte de hidratos de carbono. Em relação à segunda questão, não vejo motivo para não comer antes das duas horas.

      Cumprimentos.

      • Boa tarde

        Desculpa lá insistir, mas ao que ouvi, não devia comer, para o corpo processar a gordura.
        Já agora quantidade de fruta que se pode consumir por dia?
        Há dias em que como de manhã uma banana, a meia da manhâ e da tarde uma maçã.
        Segundo aquela “receita” isotónica, duas colheres chegariam ou substituir por mel?
        Abraço

  83. Boa tarde

    Gostava de saber se o pao integral,e o pao de mistura fará tanto mal como os outros. Já agora um pequeno almoço à base de fruta será o melhor?
    Quantas peças de fruta aconselha comer por dia?
    Só um aparte, o que acha do leite de soja?

    Desde já obrigado, e continua com o bom trabalho
    CUmprimentos

  84. Bom dia

    Portanto ao pequeno almoço, o que se pode comer, visto que só fruta não é equilibrado, pao tá fora de questão, o leite de soja não recomenda.
    Quanto às peças de fruta, é tipo bananas, maças, pêras, pêssegos, morangos, ananás, uvas, laranjas, kiwis, limão, etc
    Perguntei pelo leite de soja, visto que é rico em proteina e não é igual ao leite de vaca.

  85. Boa Tarde

    Após ler o artigo, e os comentários, qual é a quantidade de proteínas que se deve ingerir por dia (hidratos varia entre 100-120 gramas, mas é um valor que pode ser mais baixo), mas o problema é a quantidade de gordura, que devemos ingerir diáriamente e que fontes de gordura se deve ingerir. Também sei que a margarina faz pior que a manteiga.
    Já agora está um bom blog, bastante cativante, e aborda um tema que realmente é de grande interesse.

    Cumprimentos

  86. Pingback: Que Futuro para a Educação Física? | Functional Performance Training

  87. Boa Tarde

    Não sei se estou no sítio correto, mas tenho uma dúvida. O que se deve tomar para as cãibras musculares.
    Já me disseram o para tomar magnésio, mas também já ouvi dizer, que se devia à falta de sódio.
    Qual das duas é correta?

    Cumprimentos

    • Olá Joao,

      As cãibras musculares são geralmente causadas por um desequilíbrio de electrólitos, portanto além do sódio e magnésio há que considerar também o potássio e o cálcio. As causas mais comuns são doença, exercício em excesso e dieta desequilibrada, mas existem também outros factores possíveis como a toma de alguns medicamentos (que inibem a absorção de magnésio especialmente), permanecer na mesma posição durante muito tempo, anemia, sedentarismo e desidratação.

      Cumprimentos,

  88. Boa tarde!
    A minha dúvida é sobre o açúcar, por muito que queiramos eliminá-lo da nossa alimentação, é praticamente impossível encontrar nos supermercados produtos completamente isentos de açúcar. Os iogurtes, por exemplo, têm estupidamente e assustadoramente muito açúcar, já para não falar nos light, que não são de todo recomendados. Portanto, qual seria a alternativa, neste caso, aos iogurtes?

    Cumprimentos

  89. Boa tarde!
    Sou um atleta com 45 anos em forma, com um IMC 23,e 11% de massa gorda, mas com colesterol total de 236 muito á custa de um LDL elevado, provavelmente de origem genética,pois existem mais casos na família materna.
    A vida de treino que levo não indiciaria a tal concentração de gordura no sangue, Embora tenha feito algumas restrições alimentares nos últimos tempos a verdade é que teima em não baixar.
    As restrições que tenho feito situam-se no consumo de carne vermelha e gorduras de origem animal, como treino tenho na minha alimentação o consumo de carbo-hidratos (pelo que li parece que não estou correcto).
    Actualmente e depois de várias pesquisas pareço ter ainda mais duvidas.
    Será correcto consumir gorduras de origem animal?
    Devo baixar o consumo de carbo hidratos?
    Obrigado pela atenção que possam dispensar ao assundo.

    • Olá Rui,

      A questão não é tanto a quantidade de hidratos de carbono e gordura mas a qualidade dos mesmos. Há gorduras animais saudáveis que pode utilizar para cozinhar como a banha de porco e a gordura de pato. O meu conselho é que opte por comer alimentos menos processados e evite os hidratos de carbono refinados, estes é que têm demonstrado ter um efeito maior na alteração do colesterol. O colesterol total por si só não é um indicador de grande relevo, é preciso analisar a relação com os outros marcadores do perfil lipídico.

      Com os melhores cumprimentos,

      • Muito obrigado pelo tempo que dispensou ao assunto.
        Tenho lido muito acerca deste tema, já que convivo com este problema, tenho tentado aprender o mais que posso.
        E de facto a “coisa” não abona muito a meu favor, pois o que está alto é o LDL, tanto o HDL como os trigliceridos estão relativamente baixos.
        Devo dizer que eu sou o exemplo vivo do tema colocado, pois o pão branco e os cereais eram ate agora alimentos presentes na minha alimentação diária.
        Sou agora confrontado com uma dificuldade enorme em encontrar Qualquer fonte de carbo hidratos sem glutem.
        Mas devo dizer que embora a mudança não seja radical, foi grande e o conhecimento permite muitas escolhas conscientes na hora de comprar, e relativamente a isso estou muito grato.
        Quanto ao colesterol vou tentar que o meu médico peça as analises com a tipologia da gordura LDL…
        Sei que a alimentação onde esteja contidos os peixes gordos de água fria bem como os frutos secos pode dar uma ajuda na medida em que ao elevar o HDL este pode ajudar a baixar o LDL.
        Aprendi também que o metabolismo dos hidratos de carbono principalmente os sem fibras comprometem as minhas aspirações de baixar e manter o LDL para valores mais saudáveis.
        Li também que a suplementos como os aminoacidos ou a Lecitina de soja podem dar uma ajuda na degradação e eliminação do LDL.
        Até que ponto isto corresponde à verdade!?
        Grato mais uma vez pelo seu conhecimento e disponibilidade em informar

  90. Boa tarde

    Queria fazer uma pergunta, ouvi dizer que se deveria um comer doce logo após a refeição.
    É verdade? Se sim porquê?

    Cumprimentos

  91. Boa tarde. Onde é que o Pedro compra carne de vaca grass fed? Supermercados como Brio e Celeiro? Ou também é possível encontrar nas grandes superfícies? Se sim, qual o “selo” que geralmente procura para que decida confiar no produto que está a comprar? Obrigada, Raquel

    • Olá Raquel,

      Poderá encontrar nas grandes superfícies como o Corte Inglês carne dos açores ou carne barrosã. Outra possibilidade é mandar vir do Solar da Giesteira ou Monte Barrão. O melhor “selo” é procurar sempre saber o que as vacas comem. Nos supermercados biológicos poderá encontrar também mas tenha em atenção que a carne pode ser biológica mas alimentada com cereais.

      Cumprimentos.

  92. É bom ver mitos desmontados, mas tanta ciência e o Pedro ainda não descobriu que a melhor dieta para o corpo humano e para o planeta é a vegan/plant-based? Que não precisamos de carne nem qualquer produto animal para sermos saudáveis, e que há extenso material científico a suportar esta posição? Que as Nações Unidas urgem a redução drástica do consumo de carne e lacticínios? Isso é que eu gostava de ver aqui. Sugestão: ver “Forks over knives.”

    • Olá Rita,

      Não, ainda não descobri tal coisa. Até agora penso que a Pegan (Paleo + Vegan) será a mais equilibrada para a nossa fisiologia e digo isto não por uma questão de fé mas de acordo com aquilo que tenho conseguido absorver com a nutrição baseada na evidência.

      Cumprimentos.

  93. Boa tarde,

    Por indicação de um nutricionista, estou a adoptar uma diieta rica em proteína (ovo, atum fruta e frutos secos aos lanches) e refeições com proteina salada e pouco hidrato.
    Faço exercício físico da alta intensidade 3 vezes por semana e 1 treino de cardio.
    O problema foi que sempre tive dificuldade em ganhar peso, e agora que cortei no pão, doces, massa, etc, estou a perder algum peso.

    O que recomenda?

    Cumprimentos

  94. Maravilhoso o seu Poste. Até que enfim, pois os Nutricionistas e dietistas , cada cabeça cada SENTENÇA, não dá para os perceber. Parabéns pelo seu trabalho

  95. Boa tarde

    Tenho três perguntas:
    1ª – Se, conseguíssemos ter farinha biológica ( estrumada com estrume biológico, sem químicos) e depois moída de forma artesanal, o pão não seria mais saudável?

    2ª – Para uma pessoa, que não é o meu caso, que não coma nem peixe, nem carne ( e seus derivados), mas come queijo, ovos, comer soja seria uma boa fonte de proteínas?

    3ª – Li no blog algo sobre trabalho de alta intensidade, durante trinta segundos, gostava que me indicasse onde está esse artigo.

    Continue com este excelente trabalho.

    Cumprimentos
    António

  96. Bom dia prof Pedro

    Outro dia fui ao supermercado e vi, à venda, na parte bio, frutose, em saco.eu gostava de saber se é mais “saudável”, que o açúcar, apesar de saber, que também faz mal.
    Desde já agradeço, a atenção e continue com este excelente trabalho.

    Cumprimentos

    Mafalda Cerqueira

  97. Boas Pedro,

    Quero desde já dar-lhe os parabéns pelo trabalho desenvolvido pois acho que está espectacularmente bem conseguido!
    Assim como você também tirei a licenciatura em Desporto mas confesso que tenho pouco conhecimento na área da nutrição e ultimamente tenho estudado muito, lendo muitos artigos dos quais científicos pois diz-se por aí muita bullshit e somos obrigado a filtrar pouco. Do pouco conhecimento que tenho, você tirou-me imensas duvidas que tinha, mas fiquei ainda com algumas duvidas que gostava que me pudesse ajudar. Relativamente à frutose que está presente na fruta. Eu tenho tentado cortar no açúcar, mas adoro fruta, como cerca de 4 5 peças de fruta diferentes por dia e ainda faço um batido(pelo que li, quando fazemos o batido perdemos algumas qualidades da fruta e o que fica em grande quantidade é a frutose) igualmente todos os dias. Sabendo que você não é nutricionista, acha que devo moderar este consumo da fruta ? Ou talvez do batido ?
    A minha outra questão é relativamente aos HC, tenho tentado ter sucesso na área do Personal Trainer e alguns dos meus clientes tenho tentado “ajudar” pois quem o deve realmente fazer é o nutricionista, como manter uma alimentação de forma a conseguir juntamente com o exercício físico o peso ideal e antes de fazer isso testei em mim. Cortei nos HC e perdi em menos de 1 semana 2 kilos. Fiquei um pouco assustado porque sentia me bem, comia bem, mas cortei completamente com a massa e o arroz(que comia bastante). A questão é, se corto com o arroz e a massa, vou buscar os HC à batata doce e a alguns legumes que também me podem fornecer ? Tenho alguma dificuldade em substitui-los pois pelo que entendo não será certo largar de vez os HC pois também nos ajudam de uma forma ou outra.
    O meu objectivo principal é manter uma alimentação saudável aliando a exercício físico de forma a evitar doenças e dar longevidade à minha vida e à dos meus clientes.

    Peço desculpa pelo testamento, mas penso que me pode ajudar se não poder também não tem problema.

    Continuação de um excelente trabalho.

    Forte abraço,

    Miguel Gomes.

    • Olá Miguel,

      Obrigado pelo comentário.

      A sua tolerância à fruta vai depender da sua condição atual, se pretende perder massa gorda talvez reduzir a fruta possa ser uma boa opção.

      Em relação aos hidratos de carbono, pode ir buscá-los à batata doce, inhame, quinoa e castanha, por exemplo. Estes alimentos são mais ricos em nutrientes. O arroz branco não é assim tão mau quanto isso para pessoas metabolicamente saudáveis. Em relação à batata, apesar desta ter um índice glicémico elevado, também pode ser um alimento adequado para pessoas metabolicamente saudáveis e/ou desportistas. Quanto às verduras, se puder coma sempre em todas as refeições.

      Espero que ajude.

      Um abraço.

  98. Boa Tarde

    Gostava de saber quanto ovos se pode comer por semana ( eu sei que há diferenças entre ovos do aviário e ovos do campo).
    A clara é 100% proteína, ou nem por isso?

    Obrigado pela atenção
    Cumprimentos

  99. Boa noite prof. Pedro

    Quero felicitar por este magnifico blog.
    Queria fazer umas perguntinhas:
    1 – Oleo vegetal, para cozinhar é bom ou mau?
    2 – margarina vegetal é má?
    3 – queijo fresco magro é bom, ou não (se se pode comer ou faz mal).

    Cumprimentos e continuação deste excelente trabalho.

  100. dr. pedro, li todo artigo. aliás, são 15h em angola, desde as 9h da manhã que não saio de casa. tó pesquisando com muita seriedade os teus posts. mas agora simplesmente fiquei triste e feliz ao mesmo tempo, ao perceber que 80% da minha alimentação não é saudável. sou praticante de culturismo. agora já não sei como me alimentar. em geral, eu como arroz, batata, milho etc. . . alimentos esses que o artigo nos aconselha a evitar. mês passado cortei a lactose, o glutén(trigo). . . agora já nem sei mais que comer. agora eu que só fisiculturista, como é que eu faço doctor? não adianta me incentivar a procurar um nutricionista. porque sei que dificilmente aqui em angola vou encontrar um nutricionista que me passe uma dieta que não entre arroz, batata, aveia, cereais. . . confesso que seu tiver que colocar em prática as sugestões do artigo, não saberei o que comer. ao mesmo tempo compreendi claramente todo esclarecimento do post. começo achar que seria melhor se eu não lesse tudo hahahaha.mas contudo muito obgd!

  101. bom dia dr. pedro. desculpa por encomodá-lo mais uma vez. prometo que pelo menos neste artigo não voltarei a encomodá-lo novamente. por favor me ajude! tendo em vista que pratico culturismo com muita intensidade e preciso de uma nutrição suficiente e saudável, pra sustentar as exigências do meu estilo de vida e o meu peso que oscila em 95-97kgs, decidi manter a seguinte dieta, me baseando nos princípios de bons hábitos alimentares deste artigo que eu agradeceria imensamente q o dr. avaliasse e desse o seu parecer. a minha alimentação será composta por: carne, ovo, frango, peixe, batata-doce, mandioca, banana pão, arroz parboilizado(sem glutén), feijão, soja, frutas, verduras, batata rena, aloé v. gel da forever, hipercalóricos sem glutén(real gains), complexo vitamínico, carnivor ou whey, creatina, bcaa, caseína, glutamina, banana de mesa, milho natural, amendoim, azeite doce. após ter retirado muitos alimentos com glutén e lactose. eu quero manter esses alimentos. dr. pedro, será que tem um erro aí?abrçs

  102. Há 2 anos para cá optei pela dieta mais ao menos referida neste artigo, depois de ter lido o livro “Cérebro de farinha”, que vale mesmo a pena, e bom!…, nunca pensei que fosse tão extraordinariamente positiva. Em e, 3 meses pedi o excesso de peso que tinha, ou melhor, perdi a gordura onde queria perder, a gordura abdominal, mas também no corpo em geral. Eu tenho 1,60m e pesava 63Kg, hoje tenho 56Kg que acho ideal e tive que aumentar uma pouca mais os hidratos ao jantar para não emagrecer mais. Da minha alimentação passou a fazer parte o ómega 3(capsulas de boa qualidade, considero as que têm astaxantina as melhores, preço a cima de 20€) e o óleo de coco extra virgem, o azeite extra virgem sempre utilizei. Nunca pensei conseguir comer omoletes ao pequeno almoço, mas hoje não as troco por nada, procuro ovos e queijos biológicos. Passei a comer muitos mais ovos por semanas. Massa ou arroz só como integrais, iogurtes só naturais e o açucar irradiquei-o (quando há uma festa como uma fatia de bolo).
    Relativamente à saúde, estou elegante com curvas femininas, sinto-me bonita, sinto-me com muita energia, nunca mais engordei, tinha tensão alta há uns anos e esta normalizou o meu médico até se admirou, tinha problemas menstruais(muito abundante com muitas cólicas) que desapareceram, tinha a vista cansada ainda uso óculos de descanso só em part-time e sinto melhoras, tenho 36 anos nos últimos anos senti a minha memoria a cair bastante e achava que talvez fosse da idade o que fazia sentir frustrada porque tenho um trabalho intelectual exigente, mas agora quase fixo tudo outra vez, sinto-me como era nos 20 anos (tinha sentido uma quebra a partir dos 30 anos) estou com uma memória fantástica. A minha pele está mais bonita.
    Teria mais benefícios para referir mas não me quero alongar.
    Vale a pena experimentar….mudar de vida.

  103. Bom dia prof Pedro

    Queria saber o que acha sobre o mel, biológico claro, e sobre o óleo que acompanha o atum em lata.
    Desde já agradeço a atenção dispensada.
    Cumprimentos

  104. Olá
    Boa noite prof. Pedro

    Antes de mais, tenho a dizer, que faz um trabalho fantástico com este blog.
    Tenho umas dúvidas:
    1- a sua opinião sobre manteiga de amendoim?
    2- Comer tubérculos é saudável? A batata é um tuberculo, portanto pode-se comer (com moderação, claro)?
    3- Se cozinhar com oleo de coco, a comida não ficara a saber a coco? O oleo de palma é igualmente bom?

    Peço desculpa se já respondeu a estas perguntas, e agradeço desde já a atenção.

    Cumprimentos

    • Olá Carla,

      As respostas:
      1 – Não como.
      2 – Sim, pode ser mas a quantidade é um fator importante (depende se estamos a falar de um diabético/obeso ou de um atleta)
      3 – Também pode usar óleo de palma mas o óleo de côco é o melhor (pode ficar com um pouco de sabor a côco).

      Cumprimentos.

  105. Em relacao aos hidratos de carbono, gostava q alguem me explicasse como é que eu conseguiria fazer os treinos intensos que faço à base de alface…..para nao falar que ja passei por essa experiencia e os resultados na saude foram cansaço cronico, nevoeiro mental, depressao…..alguém me quer lançar uma luz? È saudavel uma dieta sem batata, arroz, pao, graos, etc?

    • Olá Ana

      Apesar de não ter o conhecimento do prof Pedro, acho, que dietas à base de alface, ou água com limão, ou outra coisa do género não é saudável.

      Quanto à questão, da dieta ser ou não saudável, pode não comer, mas, dependendo, se é ou não obesa ou tem diabetes, se faz muito exercício físico (intenso), se não faz , mas à partida duas a três refeições por semana e comer uma ou duas batatas, não deve fazer mal. Comer frutos secos é saudável, dar ênfase às frutas e legumes, carnes brancas (frango, pato, perú, coelho) de preferência biológicos, salmão ou atum (de preferência frescos), beber água, iogurtes naturais (sem ser açucarados). Descanso muitíssimo importante, e treinar com intensidade.

      Como disse, não possuo os conhecimentos do prof Pedro, portanto será sempre melhor perguntar-lhe.

      Cumprimentos

  106. Boa tarde prof Pedro
    Em relação à resposta que deu sobre a manteiga de amendoim, gostava que me desse uma opinião pessoal. Já me disseram que fazia bem (era como comer amendoins em creme), já me disseram que não era assim tão boa como podia parecer. Por isso, sendo eu leitor assíduo do seu blog, gostava que me desse a tal opinião pessoal.

    Cumprimentos

  107. Boa tarde Pedro,
    Muito instrutivo seu post porém para nós leigos é difícil saber o que de fato é verdade ou o que é mito. Desde 2009 faço treino de força e sigo uma dieta de baixo carboidrato (sou brasileira) e desenvolvi uma insônia. A explicação da nutricionista coincide com a sua no que diz respeito ao organismo fabricar os carboidratos a partir das proteínas, só que na visão da nutricionista isto é desperdiçar energia a toa uma vez que se eu comer o carboidrato eu poupo meu organismo de fabricá-lo. Ela associa minha insônia ao baixo consumo de carboidrato. Estou sem saber o que é verdade ou não. Mas parabéns pelas suas pesquisas e compartilhamento.

  108. Boa tarde prof Pedro

    Já deve ter ouvido, que há pessoas que bebem, de manhã em jejum, um copo de água morna com limão (sumo de meio limão), para limpar as toxinas do corpo. É verdade, ou algum tipo de mito?
    Já agora o que posso usar para adoçar o café ou o chá, ou outra coisa qualquer? O açúcar é mau, os adoçantes ainda pior, será que me podia indicar algum tipo de “açúcar bom”?

    Cumprimentos

  109. Boa noite prof Pedro

    Queria colocar uma questão, os molhos que os japoneses usam (de soja, agridoce, etc), sao maus? Mesmo que sejam feitos em casa?

    Cumprimentos.

  110. Bom dia prof Pedro

    Sou nova nestas andanças (nutrição), embora, queira começar a ter uma alimentação mais saudável.
    Mas tenho, obviamente 🙂 , algumas questões, relacionadas com o post.
    1º- Hidratos não são tão saudáveis como pensamos, mas além da fruta, que hidratos podemos comer batata, batata doce, ou outro?
    2º – Falam muita na aveia, cereais com aveia, etc. Podemos ou não comer?
    3º – Já agora devemos comer alimentos com alto ou baixo índice glicémico?
    4º – De manhã costumo fazer este pequeno almoço: um copo de água, uma banana, um iogurte natural( sem açúcar), com uns frutos secos, e por cima tenho que tomar o café (é o meu vicio). Queria saber se é bom.

    Desde já agradeço a atenção dispensada, e agradeço também o tempo que despende neste blog, que é simplesmente fantástico.

    Cumprimentos
    Bárbara Gomes

    • Olá Bárbara,

      1- As verduras também são hidratos de carbono. Hidratos mais saudáveis: batata doce, castanha, inhame, quinoa, batata ou arroz branco.
      2- Pode comer se lhe fizer falta e se gostar, a vantagem é que a aveia não tem glúten.
      3- Preferencialmente deve optar por alimentos de baixo índice glicémico.
      4- Recomendo que inclua uma fonte de proteína mais densa (ex: ovos).

      Cumprimentos e obrigado.

  111. Top! Top! Top!

    Excelente material. Contribuição de verdade às pessoas que sofrem por todo o desengano nutricional. Comem “veneno” e não sabem.
    “QUE O SEU ALIMENTO SEJA O SEU REMÉDIO;
    E QUE O SEU REMÉDIO SEJA SEU ALIMENTO”.
    HIPÓCRATES (pai da Medicina).

  112. Viva

    Gostaria de partilhar a minha experiência sobre o colesterol.
    Há um ano (fevereiro de 2015) atrás decidi alterar a minha dieta para uma dieta baseada em gorduras boas, inspirei-me no livro “cérebro de farinha” e nos vídeos do Dr. Lair Ribeiro e estava ansiosa por fazer análises clinicas.
    Passei a utilizar frequentemente um suplemento de omega 3 (oleo de krill), óleo de coco, umas 2 nozes e 6 amendoas todos os dias (compro com casca e parto na hora para que não oxidem), coo entre 6 a 10 ovos por semana, azeite extra virgem que sempre utilizei, queijo gordo cheddar e às vezes queijo gordo biológico (vende no celereiro), manteiga de amendoim (escolho uma boa, 100%amendoim, sem mais nada adicionado). Adoro comer carne vermelha (às vezes consigo ter biológica), mas também como branca e muito peixe (nada de aquacultura). Ah, não como fritos, nem açucar (muma fatia de bolo em dia de festa, aniversários, etc).
    Tinha imensa curiosidade, às vezes ate medo, com os valores das novas análises, principalmente ao colesterol. Mas aqui vão os resultados:
    – colesterol LDL – em fev 2015 tinha um valor de 182 – em fevereiro de 2016 está em 177;
    – colesterol HDL (BOM) em fev 2015 tinha um valor de 62 – em fevereiro de 2016 está em 75;

    Vou continuar com a minha dieta, comer gorduras boas à vontade como as que referi em cima, porque conclui que gorduras boas acabam com as gorduras más. Gostaria ainda de referir que raramente coo arroz ou massa branca, opto pelos integrais.E acho importante para vocês referir ainda que perdi a gordura abdominal em excesso, para não dizer que me sinto muito melhor.
    Abraço
    Alice Portugal

  113. encontro finalmente um bom post sobre as questões da alimentação. É que a contrainformação e as novas modas são tais que se adivinho perfeitos desastres alimenticios de quem as segue.
    Posso apenas pedir-lhe a sua opinião sobre o coco: leite de coco, água de coco e óleo de coco (se bem que este, o óleo, do que li é uma gordura pouco aconselhada devido a ser gordura saturada. Bem, é uma conclusão minha que não sou especialista no assunto…espero pela sua opinião)
    Obrigada
    Maria

  114. Prof. Pedro. Após ter consultado vários nutricionistas ,não sei quem está certo !!! Preciso emagrecer , tenho 54 anos ,74 kg engordo com muita facilidade . No plano alimentar todos dizem para comer 150gr de pão de centeio por dia , sopa, 3 a 4 colheres de sopa de arroz (cozinhado) em cada refeição ,100 gr de peixe ou carne, fruta, leite ou iogurte magro,queijo magro (marinhas ou castelões) . Por favor agradeço a sua orientação .
    Cumprimentos e obrigada.
    Cristina

  115. Bom dia prof Pedro

    Na sequência deste post surgiu uma questão.
    Se os hidratos refinados fazem mal, quer dizer que, se conseguir comer, por exemplo,cereais biológicos (como antigamente eram, estrumados e regados, sem químicos), não farão tão mal, ou independentemente de serem ou não biológicos, fazem mal na mesma?

    Cumprimentos
    António Cunha

      • Imagino que a resposta correta, científica e 100% vedadeira de peritos em vários ramos da medicina, alimentação e saúde natural a estas questões e outras semelhantes poderia ter um valor astronómico para o futuro. Quem quer colaborar a um projeto de divulgação global online do melhor, verdadeiro e científico escluindo mentiras?

  116. Bom dia prof Pedro

    Antes de mais queria felicitá-lo pelo blog, fantástico.
    Tenho uma pequena pergunta, eu consumo iogurtes naturais, sem açúcar (do Pingo Doce).
    No entanto houve quem me dissesse que os iogurtes de soja naturais eram melhores, até que ponto é verdade?
    Já agora existe alguma tabela de confiança sobre o índice glicémico dos alimentos (alimentos saudáveis),porque convém ingerir alimentos com baixo índice glicémico para nos mantermo-nos saciados por mais tempo, certo?

    Desde já agradeço a atenção dispensada
    André Silva

  117. Boa noite prof Pedro

    Só para dizer que é um blog fantástico e que realmente é bom ver que ainda há gente a preocupar-se, como é o caso.
    Tenho no entanto uma quantas questões, isto porque uma conhecida minha foi a um nutricionista, que a aconselhou a comer hidratos de carbono de baixo índice glicemico, e a resposta foi:
    – arroz integral, batata doce, inhame, feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, muita fruta e verduras e hortaliças.
    A minha dúvida é se há algum elemento nesta lista que não se “enquadra” ou se falta algum?

    Desde já obrigado

    Maria Gouveia

  118. Pingback: As gorduras – Fit&Tasty

  119. Boa tarde prof Pedro

    Quero agradecer-lhe por ter criado este blog. É como uma lufada de ar fresco.
    Quero no entanto esclarecer algumas dúvidas:
    1 – já sabemos que comer grelhados ou cozido é a melhor opção, mas frango assado faz mal?
    2 – tubérculos são bons, mas sendo a batata um tubérculo faz muito mal, ou podemos comer de vez em quando?
    3 – esta é uma dúvida que não tem bem a ver com este post, quanto tempo deverei saltar à corda para ter os mesmos benefícios de quem corre, por exemplo, uma hora (sei que se deve ter uma boa preparação para tal, e eu não gosto muito de correr).

    Jéssica Pereira

  120. Bom dia prof Pedro

    Só uma pequena pergunta, todas as sementes são boas para comer, ou haverá algumas que não sejam tão “recomendáveis”?
    Desde já obrigado.

    Cumprimentos
    Helena Correia

  121. Boa tarde prof Pedro

    Para quem tem retenção de líquidos, o que deve fazer?

    Desde já agradeço a atenção dispensada.
    Cumprimentos
    Cristina Machado

    • Olá Cristina,

      Há algumas coisas que pode fazer na alimentação: reduzir a ingestão de sal, aumentar o consumo de alimentos ricos em magnésio e potásssio, aumentar o consumo de Vit. B6 e evitar o consumo de hidrato de carbono refinados. Dente de leão e alho também poderão ser boas opções já que funcionam como diuréticos naturais. E, claro, não esquecer a importância fundamental do movimento/exercício.

      Cumprimentos.

  122. Boa tarde

    Li no seu blog que beber sumo de laranja natural, é só beber a água da laranja e o açúcar, mas a fruta tem toda o açúcar natural dela própria, mas ao comer a laranja, além da vitaminas e dos sais e fibras, também estou a consumir o açúcar, portanto a minha dúvida é:
    em que consiste a diferença?

    Desde já grata
    Cumprimentos

  123. Boa tarde prof Pedro

    Devo Dizer que é um blog FANTÁSTICO, queria só fazer uma pequenina questão:
    presunto, chouriço, baicon e respectivos enchidos, fazem mal ou pode-se comer com moderação?
    Eu perdi desde a Páscoa até hoje, cerca de 6 a 7 quilos, isto sem mexer nos treino, só com uma mudança na alimentação, embora de longe a longe, lá cometa um excesso, em comer coisas que não são muito boas, do tipo folhado com salsicha, mas normalmente não como nada disso.
    Queria portanto que me esclarecesse essa dúvida e deixar o meu testemunho que realmente a nutrição é 90% importante na perda de peso (entenda-se gordura).

    Com os melhores cumprimentos
    Paulo Gonçalves

  124. Muito bom o artigo corrobora o que ja venho a falar entre amigos e familiares à muito tempo, duas coisas, o leite é para os vitelos, nós não somos vitelos, evque a coca cola serve para desentupir canos. Obrigado pelo artigo digno de estar numa revista científica digna desse nome continue o bom trabalho.

  125. Bom dia prof Pedro

    Fala, no artigo, que a batata, o arroz branco, não devem ser consumidos, no entanto numa
    resposta indica que se pode comer, ou pode-se comer mas em pouca quantidade?
    Fala na inflamação, mas que tipo de inflamação se está a referir?
    Já agora o atum e o salmão são boas fontes de proteína? O que acha dos pimentos?

    Não pretendo falar mal do seu trabalho, nem faltar ao respeito, perguntei isto porque pode confundir os leitores.

    Cumprimentos

    • Olá Lesley,

      Para uma pessoa sedentária ou com resistência à insulina não será adequado mas para pessoas ativas e saudáveis poderá ser. Refiro-me à inflamação crónica de baixo grau oriunda de: más escolhas alimentares; falta de sono; falta de exercício físico; excesso de álcool; tabaco; exposição a poluentes/tóxicos; consumo de medicamentos. Atum e salmão são boas fontes de proteína e gordura, só será preciso ter algum cuidado com a sua origem, ou seja, no caso do salmão, dar preferência ao selvagem. Os pimentos poderão integrar uma dieta saudável.

      Cumprimentos.

  126. Bom dia prof Pedro

    Adorei este artigo, já tinha ouvido falar, mas este realmente está mesmo espectacular.
    Tenho no entanto umas pequeninas questões.
    Fala que não devemos ingerir arroz, batatas, etc. Mas se eu consumir por semana 100 gramas de arroz branco ou de batatas (sendo estas tubérculos), fará mal? (Pergunto isto porque conheço uma senhora, que o médico recomendou comer 150 gramas por semana).

    Arroz integral é mau, ou pode ser consumido na mesma regularidade (100 gramas por semana)?

    Já agora o que acha do salmão e atum?

    Sou uma pessoa bastante activa. Treino todos os dias (às vezes duas vezes), e tudo com intensidade (não sei treinar leve).

    Cumprimentos
    Mário Ribeiro

    • Olá Mário,

      Em primeiro lugar é preciso saber se se refere ao arroz cru ou cozido. Por essa quantidade julgo que se refere ao arroz cru. O arroz integral não é mau mas provavelmente induz mais saciedade que o branco. Por outro lado, também não é tão bem absorvido como o branco. Tendo em conta que é uma pessoa bastante activa (e partindo do princípio que está bem de saúde), essa quantidade parece-me adequada.

      Salmão, o melhor será sempre optar pela versão selvagem. O atum deverá ser comido ocasionalmente por causa dos níveis de mercúrio que contém. Ambos os peixes são boas fontes de proteína e gordura.

      Cumprimentos.

  127. Boa tarde prof Pedro

    Adquiri recentemente cacau (100%),em pó e queria saber se quiser fazer chocolate quente, o posso fazer com cacau e água.
    Outra pergunta, sobre as especiarias, são boas, não são, podem ser consumidas, há alguma melhor.

    Cumprimentos
    Ricardo Almeida

  128. Boa tarde

    Gostava de saber se já ouviu falar da planta do açúcar? Tanto quanto sei, é uma planta, tira-se uma folha para adoçar o café ou chá.

    Cumprimentos

  129. Boa tarde prof Pedro

    Queria fazer uma questões.
    Que tipo de óleo de peixe, recomenda, durante quanto tempo, se é melhor em cápsulas ou liquido e já gora onde se pode comprar.
    Sei que não faz parte deste post, mas para não estar a separa, é só duas questões rápidas:
    1 – os cintos (que o pessoal usa na musculação), ajuda ou é tipo “mito”?
    2 – é verdade quanto menos uma pessoa treinar mais cansada fica? uma pessoa que seja ativa treine 4 vezes por semana com intensidade, ao quebrar o ritmo é normal que fique cansada por treinar menos?

    Desde já agradeço
    Sónia Azevedo

  130. Boa noite prof Pedro

    Tenho umas questões/dúvidas em respostas dadas.
    Fala que o atum contém mercúrio, mas está a referir-se ao atum em lata ou também o que se compra na peixaria?
    Na mesma resposta fala de arroz cru, refere-se comer o arroz como vem no pacote, é que sempre comi arroz cozido (em água ou vapor).

    Desde já agradeço a atenção
    Marlene Ribeiro

  131. Boa noite prof. Pedro

    Só uma pergunta:
    Li num artigo que recomenda, o consumo de óleo de peixe, só que fui à farmácia e perguntei e o farmacêutico e ele nunca tinha ouvido falar de óleo de peixe, mas sim óleo de fígado de bacalhau.
    A pergunta é, o óleo de fígado de bacalhau também é bom?
    Onde se pode comprar o óleo de peixe?

    Cumprimentos
    Carla Pereira

  132. Caro Amigo (amigo de toda a gente que deixar de comer hidratos de carbono – pão, farinhas bolos e alimentos do género).
    Com experiência própria (no meu corpo) e por minha responsabilidade, passei do estado físico
    “TODO PODRE” diziam as análises, ao estado (LINDO MENINO) dizem as análises. Para não ser cansativo; até a diabetes II estão controladas sem medicamentos (e não conhecia o AMIGO de toda a gente…) Como não sei quem é e nem sei se o conhecerei algum dia, desejo que seja feliz e continue a ser UM BOM SER HUMANO.
    Receberá breve onze livros de Banda Desenhada, se não se ofender, de minha autoria que não os querem publicar (porque como o amigo de toda a gente… abrirá os olhos a muita gente.)
    E dois amigos de toda a gente seriam um incentivo perigoso para o aumento exponencial de amigos (MUITOS) de toda a gente.
    Um abraço sincero de Nito Gentilli.

  133. Bom dia prof Pedro

    Sou seguidor do seu blog há já cerca de dois anos, e tenho-o nos favoritos desde o primeiro contacto.
    Queria no entanto fazer-lhe uma pergunta
    – o sumo de fruta não é muito saudável, e a fruta cozida, é bom?, é mau? (partindo do pressuposto de que a pessoa é saudável).

    Um aparte, eu acho triste, continuar a ver pessoas, médicos, nutricionistas que insistem em “ensinar” as pessoas a comer, ou a dizer que os abdominais tiram barriga, e outras coisas, é como aqueles que vão para o ginásio e estão lá quase duas horas a ver as meninas, ou a ler o desportivo.

    Cumprimentos
    Emanuel Correia

  134. Parabéns. Gostei muito do artigo. Concordo totalmente. Tenho uma alimentação muito cuidada. Procuro sempre informação sobre a alimentação e o que aprendi com o texto do professor Pedro e que achei o máximo, é a Pirâmide dos Alimentos estar desatualizada. E chamar a atenção para o certo se encontrar no topo da Pirâmide. Obrigada pela informação.

  135. Caro amigo de muita gente.
    Ainda não lhe enviei os Livros Prometidos, mas lá chegarão. Como citou Aristóteles (e bem)
    Junto HIPÓCRATES “eduquem as crianças e não será necessário castigar os adultos”!
    Continue em frente e se um abraço ajudar, aí vai ele: UM ABRAÇO dNito Gentilli.

  136. Boa noite prof Pedro

    Existe alguma espécie de tabela, em que nos dê, por exemplo, se saltar à corda durante dez minutos quantos minutos corresponde à corrida, mas se for 15 a saltar à corda, a quanto corresponde. Haverá portanto uma tabela ou algum tipo de equação que nos dê o tempo de corrida equivalente?

    Cumprimentos
    João Ribeiro

  137. Boa tarde prof Pedro

    Queria perguntar se conhece e o que acha daquelas máquinas que cozem os alimentos a vapor.
    Tipo, tem uma base com uma resistência, onde se coloca água. Depois tem três andares onde se coloca a comida, a água aquece e o vapor vai cozendo os alimentos.
    Portanto como perguntei, se conhece e qual a sua opinião, (eu penso que seja mais saudável).

    Cumprimentos
    Álvaro Silva

  138. Boa tarde prof Pedro

    Gostaria de saber a sua opinião sobre o queijo quark. Para quem faz desporto em intensidades elevadas, que quantidade comer por dia +/-

    Cumprimentos
    Joana Vilas Boas

  139. Bom dia professor
    Tenho uma dúvida e já perguntei em várias páginas sobre alimentação,mas nunca obtive resposta.! Gostaria de saber se podemos usar vários grãos (feijão,soja,ervilha,lentilha e grão de bico) em uma mesma refeição?
    Eu cozinho todos em panelas separadas,mas depois de cozidos, junto todos na hora de temperar e congelar. Tem algum problema pra saúde?

    Aguardo resposta,
    Obrigada!

  140. Boa tarde prof Pedro

    Gostaria que me dissesse, se ovos mexidos com uma colher de sobremesa de manteiga de amêndoa é bom ou não.
    Tenho um amigo que é obeso e foi a uma nutricionista, e ela recomendou que ele fizesse ao lanche um ovo juntava uma colher de sobremesa de manteiga de amêndoa, uma pitada de flor de sal, mexia tudo até ficar uma pasta homogénea e depois fazia ovo mexido e comia assim. Segundo ele sente-se saciado.
    Sendo assim gostaria que me dissesse se realmente é bom ou pouco recomendado.

    Cumprimentos
    Daniel Silva

  141. Bom dia prof Pedro

    Já é, pelo menos, a 5 vez que leio este post, acho simplesmente bestial.
    Queria fazer-lhe uma pergunta. Diz que a frutose é prejudicial, mas se comermos fruta ela está presente, a minha dúvida:
    quanda fala da frutose fala daquela que vem na fruta, ou aquela que é vendida em pacotes, nos supermercados?
    Já agora, quantas peças de fruta aconselha a comer?

    Cumprimentos
    Elisabete Silva

    • Olá Elisabete,

      Muito obrigado pelo comentário.
      Fruta não é igual a frutose isolada. A fruta tem água, fibra e é rica em vitaminas e minerais. Quanto às peças de fruta depende em primeiro lugar das frutas e do nível de actividade física de cada pessoa. 2-3 por dia no mínimo.

      Cumprimentos.

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