FED UP – Documentário sobre Obesidade

FEDUP_DVDs

Hoje partilho convosco (de forma gratuita) o documentário FED UP, um documentário sobre a obesidade que retrata muito bem que o problema principal que vivemos hoje em dia não é o excesso de calorias, nem a falta de força de vontade das pessoas que estão doentes, mas antes a forma como a indústria de junk food nos tenta manipular todos os dias, com a triste conivência das associações/responsáveis governamentais. 

Se não tiverem tempo para ver o documentário na íntegra neste momento, podem ver aqui o trailer oficial e ver o filme mais tarde. 

Todos aqueles que já são pais e/ou que pretendem ser pais e que zelam e/ou pretendem zelar pela saúde dos seus filhos deveriam ver este filme. 

Ou seja, o problema não é o excesso de calorias, o problema é o excesso de calorias de má qualidade que estão disponíveis em demasiados “produtos alimentares”.

Ver aqui: FED UP.

Gostava de saber os vossos comentários.

Até breve!

Fat Chance: Fructose 2.0 – Conferência Dr. Robert Lustig

sugar

No seguimento da famosa conferência do Dr. Robert Lustig “Sugar: The Bitter Truth” (pode ver a ligação aqui) que despertou o Mundo em 2009 para a relação existente entre os problemas do excesso de açúcar na nossa alimentação atual e a obesidade e outras doenças associadas, hoje queria partilhar aquilo que ele chama a segunda parte da conferência que ele deu há quatro anos atrás (que já conta com mais 4 milhões de visualizações!).

Recordo que o Dr. Robert Lustig é Médico e Professor de Pediatria na Divisão de Endocrinologia e Metabolismo da Universidade da Califórnia em São Francisco. Ele é também o autor do livro Fat Chance: The bitter truth about sugar e foi a primeira pessoa a me chamar a atenção para o trabalho desenvolvido pelo cientista e fisiologista britânico John Yudkin, que, em 1972, já tinha demonstrado que o açúcar era um veneno para o nosso metabolismo, através do livro Pure, White and Deadly. Infelizmente, o trabalho de Yudkin na altura foi ignorado pela maioria da comunidade médica e pela indústria alimentar, o que é “normal” no nosso Mundo quando alguém tenta provar algo que implica uma mudança de paradigma que vai contra os interesses das corporações.

Antes de começar a ver a conferência pense bem nestes dados e pergunte a si mesmo se não é urgente dar lugar a uma mudança de paradigma.

1. Segundo a Organização Mundial de Saúde, hoje em dia temos 30% mais obesos que pessoas subnutridas em todo o Mundo.

2. Segundo a Federação Internacional da Diabetes (dados de 2011), existem 366 milhões de diabéticos no Mundo, cerca de 5% da população mundial.

Ninguém fica doente porque quer, mas a maioria das doenças crónicas que hoje conhecemos estão relacionadas com o nosso estilo de vida sedentário e tóxico. Aquilo que sei é que estamos a enfrentar uma crise de saúde pública grave há muitos anos e a solução não passa pela toma de medicamentos, mas antes pela educação e sensibilização das pessoas para uma mudança de mentalidade, que implica perceber que as doenças podem ser preveníveis e que não surgem por acaso ou porque tivemos azar. Este é que é o grande desafio não só dos profissionais de saúde, mas também daquelas pessoas interessadas que se importam genuinamente com a saúde dos outros e com a melhoria da sua performance.

A conferência dura mais de 1h20 mas se você é daquelas pessoas que se preocupa com estas coisas, acredite que não vai querer deixar de ver. Se não conseguir ver hoje, guarde para vê-la noutra ocasião.

Até breve!

Documentário Food Inc. – Sabemos o que comemos?

Food Inc é um documentário de 2008 que retrata o funcionamento da indústria alimentar nos EUA e todos os processos que são ocultados ao consumidor, com o consentimento das estruturas governamentais e das agências reguladoras.

Para quem não teve oportunidade de ver este documentário, recomendo vivamente que o faça. É preciso estarmos conscientes daquilo metemos à boca cada vez que comemos.

Algumas notas para pensar / reflectir:

1) Hoje em dia existem frutas e verduras disponíveis o ano todo nos supermercados. Vivam os fertilizantes e conservantes!

2) Antes, no tempo dos nossos pais/avós, a comida vinha dos campos de agricultura, hoje em dia a comida vem das fábricas.

3) Em 1950 um frango demorava cerca de 70 dias a crescer, hoje em dia demora menos de 50 dias e tem o dobro ou o triplo do tamanho. Nao há produção de galinhas, há produção em massa. Viva a hormona do crescimento! Além disso, estamos a comer galinhas doentes graças às condições deploráveis em que são criadas.

4) Todos os animais estão a comer milho. Até os peixes! Estamos a ensinar os peixes a comer milho. Por isso baixam-se os preços, o milho é a principal matéria prima dos alimentos.

5) As vacas não estão desenhadas de um ponto de visto evolutivo para comer milho. Deviam comer erva. As vacas comem milho para engordar. Os estudos indicam que uma dieta rica em milho resulta na formação de uma bactéria chamada E. Coli, que pode evoluir para uma variedade chamada E. Coli 1057:h7, podendo causar a morte em poucos dias.

6) Quando chegam aos matadouros, as peles das vacas estão cheias de estrume, portanto, se os matadouros estão a cortar 400 vacas por hora, como podemos evitar que esses excrementos não se peguem à carne?

7) Perante o perigo das bactérias que põem em causa a nossa saúde, a indústria alimentar tratou de matar as bactérias com amoníaco quando a comida é processada. É como se quisesse resolver as minhas dores nas costas com anti-inflamatórios. Trata-se o síntoma mas não se trata a causa. É mais ou menos aquilo que acontece quando vamos ao médico.

8) Os alimentos mais baratos são aqueles que são subsidiados pelo Governo.

9) Hoje em dia podemos comer hamburgeres no McDonald’s por um euro. Yummy!

10) O sal, as gorduras hidrogenadas e o açúcar são coisas raras na Natureza e hoje em dia podemos encontrá-las em todo o lado.

Gostaria de ouvir os vossos comentários.

Nota do Pedro: Para ativar as legendas, precisam da ativá-las no canto inferior direito.

Fiquem bem.

Pedro Correia